Multidões se reuniram do lado de fora do castelo de Windsor, no Reino Unido, para prestar homenagens à rainha Elizabeth 2ª, que morreu na quinta-feira (8), aos 96 anos . Segundo o jornal britânico The Guardian , muitas pessoas depositaram flores e cartões escritos à mão nos portões da residência real.
Uma das mulheres presentes no local, Beryl McAvoy, de 81 anos, contou ao jornal que veio ao mesmo local há 25 anos para colocar flores após a morte da princesa Diana, considerada a "princesa do povo" por seu carisma e simpatia. Sua morte repentina, em um acidente de carro, causou comoção nacional e internacional. A rainha, por sua vez, também tinha muitos admiradores.
"Pensando na rainha, ela era simplesmente linda", afirmou Beryl. "Ela sempre esteve lá para todos. Parece estranho que ela não esteja mais aqui. Já faz muito tempo."
Beryl tinha 11 anos quando Elizabeth se tornou rainha. Inicialmente, ela achou difícil aceitar a notícia de que a monarca havia morrido.
"Eu não acreditei no começo. Foi muito triste", disse. "Mas ela morreu em paz. Ela não estava com dor nem nada, o que foi bom, embora ela estivesse ficando frágil."
Trevor Skerritt, de 59 anos, era outro admirador da rainha presente do lado de fora do castelo. Morador de Guildford, a cerca de 27 quilômetros de Windsor, ele sentiu vontade ir até a cidade vizinha para prestar suas condolências.
"Para a maioria de nós, ela foi a única monarca que conhecemos. Ela nos deu solidez. Ela manteve a família real passando por bons e maus", afirmou.
Diferentemente de Beryl, Skeritt não encara a morte da rainha como um acontecimento triste.
"Não acho que a morte dela seja triste. Ela viveu até os 96 anos e viveu uma boa vida. Ela é uma pessoa bastante impressionante. A maioria das pessoas, quando pensa na família real, não pensa apenas em um monarca, mas imagina Elizabeth 2ª", disse.
Ewa, de 60 anos, que também mora nos arredores de Windsor, relatou ao The Guardian que foi à cidade assim que soube do quadro de saúde da rainha. Antes da morte, para "encorajar", e depois, para prestar seu respeito. Para ela, o falecimento da rainha provoca um misto de sentimentos.
"Eu acho que era esperado, mas não aceito", afirmou. "Eu meio que esperava que, com a idade dela, talvez fosse hora de ela ir e estar com o [príncipe] Philip. Mas ao mesmo tempo é difícil de aceitar. Parece estranho dizer que agora temos um rei. Ela não era apenas uma rainha para a Grã-Bretanha, mas parecia que ela era também a rainha do mundo."
A mais nova entre os entrevistados, Jessica Owens, de 27 anos, não se considera uma monarquista, assim como a maioria dos jovens britânicos. De acordo com uma pesquisa do YouGov, divulgada em maio do ano passado, 41% das pessoas de 18 a 24 anos no Reino Unido acham que deveria haver um chefe de estado eleito, em comparação com 31% que ainda querem um rei ou rainha. Neste momento, no entanto, qualquer opinião que ela tivesse sobre a família real ou a monarquia ficou de escanteio e deu lugar a empatia.
"Acho que a morte da rainha é um momento tão grande que pensei em vir aqui e prestar meus respeitos", disse Jessica. "Quaisquer que sejam suas opiniões sobre a família real ou a monarquia, a rainha ainda é uma bisavó, amada por muitos, e tenho certeza de que sua morte lembrou algumas pessoas de como é difícil perder um ente querido."
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