Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson
Reprodução / CNN Portugal - 11.04.2022
Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson

Nesta segunda-feira (6), o primeiro-ministro britânico Boris Johnson vai passar por um voto de desconfiança desencadeado por legisladores dentro do próprio partido do qual ele faz parte que estão descontentes com as últimas ações do premiê. A votação está prevista para acontecer entre 18h e 20h do horário local (entre 14h e 16h no horário de Brasília).

Em comunicado, Sir Graham Brady, presidente do Comitê de 1922, disse que o número de parlamentares do Partido Conservador pedindo a votação que pode tirar Johnson do cargo atingiu o limite necessário de 54 legisladores. 

A liderança do premiê foi abalada após divulgação do escândalo chamado "Partygate", em que Johnson aparece em diversas imagens em festas e reuniões na sede do governo durante os meses de lockdown, em 2020.

A aprovação do primeiro-ministro tem caído e o sentimento de desaprovação dentro do Partido Conservador cresce cada vez mais, visto que alguns parlamentares dizem que Johnson está se tornando passivo aos problemas. Ainda neste mês, a legenda enfrenta duas eleições parlamentares.

Na última sexta-feira (3), durante o Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth II , o premiê foi vaiado pelo público ao chegar na Catedral de Saint Paul, em Londres, para o evento de comemoração de 70 anos de reinado.

Segundo as regras do Partido Convervador, caso os parlamentares queiram que o líder saia do poder, enviam uma carta confidencial de desconfiança ao presidente do Comitê de 1922 — grupo de legisladores de bancada que não ocupam cargos no governo.

Todo o processo é secreto, já que as cartas são mantidas sob sigilo e o presidente não divulga quantos desses documentos foram entregues. E, quando ao menos 15% dos legisladores enviam cartas, é desencadeado um voto de desconfiança entre todos os parlamentares.

Diante das acusações de diversas violações do lockdown, o primeiro-ministro está enfrentando uma investigação da Câmara dos Comuns — a câmara baixa do Parlamento do Reino Unido — para apurar se ele conscientemente enganou o Parlamento, algo que representa uma violação do código ministerial e, teoricamente, o obrigaria a renunciar.

No mês passado, uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisa britânica YouGov apontou que a renúncia do premiê é da vontade de 57% dos britânicos.

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