A Polícia Metropolitana de Londres concluiu a investigação sobre o “Partygate”, série de festas realizadas na sede do governo britânico durante a pandemia, chegando ao total de 126 multas aplicadas por “violações dos regulamentos de Covid”. Segundo a “Associated Press”, Boris Johnson, que já havia sido multado, não teria recebido outra pena.
Os investigadores disseram que não iriam “liberar ou confirmar a identidade de qualquer pessoa envolvida nesta investigação” ou “fornecer mais detalhes” do caso, que teve o próprio premiê britânico Boris Johnson como um dos multados. Ao todo, 53 multas foram aplicadas a homens e 73 a mulheres, com algumas pessoas recebendo mais de uma. O relatório final será divulgado na próxima semana.
O caso, agora, será analisado por uma comissão política. A Scotland Yard informou que uma equipe de 12 detetives “trabalhou em 345 documentos, incluindo e-mails, registros de portas, diários e declarações de testemunhas, 510 fotografias e imagens de câmeras de segurança e 204 questionários como parte de uma investigação cuidadosa e completa”.
Segundo o “The Telegraph”, as multas emitidas são referentes a um total de oito datas, incluindo a festa de aniversário de Boris Johnson e um evento que ficou conhecido como “traga sua própria bebida”.
"O primeiro-ministro está satisfeito com a conclusão da investigação e gostaria de agradecer ao Met por seu trabalho", disse o porta-voz o governo.
Uma investigação interna do governo britânico que apurou o caso apontou “falhas graves” do governo. O relatório foi entregue em janeiro ao Gabinete de Boris, que, em seguida, voltou a pedir desculpas pelo caso e disse que iria “consertar” seu erro.
“Pelo menos alguns dos encontros em questão representam uma grave falha em cumprir não apenas os altos padrões esperados daqueles que trabalham no centro do governo, mas também os padrões esperados de toda a população britânica na época”, diz um trecho do relatório, baseado em uma investigação administrativa conduzida pela alta funcionária Sue Gray, que entrevistou 70 pessoas e examinou mensagens de WhatsApp, e-mails e registros de entradas e saídas de prédios oficiais.
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