Delegações de Finlândia e Suécia chegarão à Turquia nesta quarta-feira (25) para discutir o pedido de adesão dos dois países escandinavos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) .
O objetivo da missão é tentar derrubar as objeções de Ancara à entrada de Helsinque e Estocolmo na aliança militar euro-atlântica.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusa as duas nações europeias de dar refúgio a supostos "terroristas" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) , movimento que luta pela criação de um Estado curdo.
Para entrar na Otan, Finlândia e Suécia precisarão da aprovação unânime dos Estados-membros. "A Otan saberá resolver esse problema", disse nesta terça (24) o ministro finlandês das Relações Exteriores, Pekka Haavisto, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
"Temos boas respostas a dar e também estamos do lado da luta mundial contra o terrorismo", acrescentou. Finlândia e Suécia mantinham uma histórica política de neutralidade militar entre o Ocidente e Moscou, porém abandonaram essa estratégia depois da invasão russa à Ucrânia, que não faz parte da Otan.
Os dois países devem participar da próxima reunião da aliança, em Madri, no fim de junho, mesmo com o processo de adesão ainda em andamento.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já disse que não considera a entrada de Finlândia e Suécia na Otan como uma "ameaça" , porém alertou que a resposta de Moscou dependerá da presença militar da organização nos dois países.
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