Os combatentes remanescentes na siderúrgica Azovstal , em Mariupol, receberam uma ordem do comando militar da Ucrânia para parar de lutar.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (20) pelo comandante da milícia de extrema-direita Batalhão de Azov, Denis Prokopenko, em um vídeo divulgado no Telegram .
"O comando militar superior deu ordens para salvar a vida dos soldados do nosso destacamento e para parar de defender a cidade", disse.
De acordo com Prokopenko, está "em curso" um processo para remover os corpos de soldados mortos na Azovstal . Os combatentes entrincheirados na siderúrgica se tornaram símbolos da resistência contra a invasão russa e representam o último bastião ucraniano em Mariupol, cidade estratégica da região de Donetsk.
Segundo o ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, 1.908 "nacionalistas" que estavam no complexo já entregaram as armas, e 177 civis foram retirados da indústria, incluindo 85 mulheres e 47 crianças.
"Agora espero que, em breve, as famílias e todos os ucranianos possam sepultar seus combatentes com honras", disse Prokopenko.
A expectativa de Kiev é trocar os soldados da Azovstal por prisioneiros de guerra russos.
A conquista de Mariupol, município situado na costa do Mar de Azov , era crucial para o objetivo de Moscou de estabelecer um corredor terrestre entre a Crimeia anexada e os territórios rebeldes do leste da Ucrânia.
As autoridades ucranianas estimam que mais de 20 mil pessoas tenham sido mortas durante o assédio russo à cidade.