O ministério da Defesa da Rússia afirmou na manhã desta terça-feira que matou 500 soldados ucranianos durante a noite anterior. Moscou informou que sua Força Aérea atingiu 87 alvos militares no país em guerra desde o dia 24 de fevereiro. A Ucrânia ainda não confirmou a informação.
"Durante a noite, mísseis aéreos de alta precisão das Forças Aeroespaciais russas atingiram 4 instalações militares da Ucrânia. Incluindo 2 áreas de concentração de mão de obra e equipamento militar do inimigo, bem como 2 depósitos de munição perto de Kurulka e Novaya Dmitrovka da região de Kharkov. A aviação operacional-tática e do Exército atingiu 87 alvos militares da Ucrânia. Entre eles, 79 áreas de concentração de mão de obra e equipamentos militares", informou o ministério em comunicado.
Nas redes sociais, as forças russas compartilharam um vídeo que seria de um projétil atingindo uma base de armazenamento e reparo para as forças armadas ucranianas. No local, haveria munições, armas, documentação e outros equipamentos pertencentes aos militares ucranianos. O mesmo vídeo também mostra tanques russos e outros veículos em ação.
Acusações sobre negociações
Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de "fingir" que está negociando um acordo de paz, mas assegurou que Moscou continuará as negociações.
"Ele é um bom ator. Se você olhar com atenção e ler atentamente o que ele diz, encontrará milhares de contradições", disse Lavrov, citado por agências de notícias russas. "A boa vontade tem limites. Se ela não for recíproca, não contribui para o processo de negociação. Mas continuaremos negociando com a equipe enviada por Zelensky, e os contatos continuarão".
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Em entrevista à TV estatal, Lavrov voltou a ameaçar um conflito nuclear, mas disse que a Rússia quer descartar a ameaça de conflitos, apesar dos altos riscos no momento.
"Esta é a nossa posição-chave na qual baseamos tudo. Os riscos agora são consideráveis. Eu não gostaria de aumentar artificialmente esses riscos. Muita gente gostaria disso. O perigo é sério, real, e não devemos subestimá-lo".
Também na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de tentar destruir a Rússia e pediu à Justiça que seja dura com o que ele chamou de "conspirações planejadas por espiões estrangeiros para dividir o país e desacreditar suas Forças Armadas".
Falando para um grupo com os principais promotores da Rússia, Putin também disse que o Ocidente incita a Ucrânia a planejar ataques contra jornalistas russos — alegação rejeitada por Kiev.
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