Marine Le Pen e Emmanuel Macron disputam segundo turno das eleições na França no próximo domingo (24)
Montagem iG / Imagens: Rémi Noyon / Flickr e Remi Jouan / Wikimedia Commons
Marine Le Pen e Emmanuel Macron disputam segundo turno das eleições na França no próximo domingo (24)

Quatro dias antes de os cidadãos franceses elegerem seu próximo presidente,  o atual líder da França, Emmanuel Macron, e sua opositora de extrema-direita Marine Le Pen se enfrentam nesta quarta-feira (20) em um debate televisivo.

Durante o embate, o presidente da França, Emmanuel Macron, acusou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen de "depender do poder russo". No duro ataque, Macron citou, em especial, o empréstimo de 9 milhões de euros de Le Pen a um credor russo próximo ao presidente russo, Vladimir Putin.

O debate é apresentado por Lea Salamé e Gilles Bouleau e pode ser decisivo na acirrada disputa para decidir quem vai governar a França pelos próximos cinco anos.

A líder de extrema-direita ficou atrás de Macron nas pesquisas de opinião, mas milhões de eleitores ainda estão indecisos, apesar do atual presidente ter vencido o primeiro turno.

No início do debate, Le Pen reforçou que 70% do povo francês acreditava que seu padrão de vida havia caído nos últimos cinco anos e que ela seria a presidente da paz civil e da fraternidade nacional.

"Serei a presidente do renascimento democrático, também serei a presidente da restauração da harmonia entre todos os franceses, da justiça, da fraternidade nacional, da paz civil", enfatizou ela.

A representante da extrema-direita defendeu que "quer devolver entre 150 e 200 euros a mais por mês a cada família francesa", porque os franceses têm falado muito sobre "seu poder de compra".

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Já Macron disse que a França conheceu uma crise sem precedentes durante a pandemia de Covid-19 e que foi seguida de uma guerra na Europa. Ele ressaltou que guiou a França através desses desafios e afirmou que pretende tornar a nação mais forte.

Além disso, o presidente francês atacou as políticas ambientais da adversária e garantiu que o país "será mais forte se for capaz de compreender a questão da ecologia", prometendo tornar a Europa mais forte "se for reeleito para a presidência da República".

Sobre a ligação de Le Pen com a Rússia, o líder francês lembrou a adversária que ela estava “entre os primeiros parlamentares a reconhecer o resultado da anexação da Crimeia pela Rússia” e ela continua “dependente do poder russo e de Putin”.

“Alguns meses depois que você pegou um empréstimo em 2015 de um banco russo próximo ao poder, então você renegociou esse empréstimo com outros atores envolvidos na guerra na Síria”.

Os confrontos televisionados entre os dois principais candidatos à Presidência têm sido o destaque das eleições francesas por quase cinco décadas. O último debate atraiu 16,5 milhões de espectadores e desempenhou um papel crucial com os eleitores indecisos.

Em 2017, quando Macron e Le Pen competiram pela primeira vez, o debate foi catastrófico para a opositora. Ela confundiu suas anotações e perdeu o controle, enquanto o debate permitiu que Macron convencesse os eleitores de que ele estava apto para ser presidente.

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