O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse ter pedido ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, um "cessar-fogo imediato" na Ucrânia.
Recém-reeleito para um quarto mandato, o premiê de extrema direita é considerado o chefe de governo mais próximo de Moscou na União Europeia e tem sido uma voz dissonante no discurso linha dura do bloco contra o Kremlin.
"Sugeri ao presidente Putin que declare um cessar-fogo imediato. Sua resposta foi positiva, mas com condições", declarou Orbán nesta quarta-feira (6), porém sem dar mais detalhes.
O primeiro-ministro húngaro também disse ter convidado Putin para uma reunião em Budapeste com os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da França, Emmanuel Macron, e com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.
Apesar das sanções da UE contra a Rússia, Orbán tem adotado um discurso mais amigável a Putin, que já foi acusado de financiar e apoiar movimentos de extrema direita para desestabilizar o bloco.
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Recentemente, Zelensky afirmou que o premiê húngaro é "praticamente o único na Europa a apoiar Putin abertamente", enquanto o primeiro-ministro, após vencer as eleições legislativas do último domingo (3), colocou o presidente ucraniano entre seus "adversários".
Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, afirmou que o país trabalha em uma "solução técnica para pagar os fornecimentos russos de gás em rublos", contrariando a vontade da UE, que se recusa a usar a moeda de Moscou nas transações de energia.
Oficialmente, o governo húngaro diz que é contra a "agressão militar" e a favor da "soberania" da Ucrânia. O país também já acolheu cerca de 400 mil refugiados desde o início da guerra, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
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