Um zoológico da Ucrânia informou que pode ter que sacrificar os animais que vivem no local após o estabelecimento ser alvo de bombardeios russos.
"Ontem e hoje [o Feldman Ecopark] foi novamente submetido a bombardeios maciços. Infraestrutura destruída, recintos destruídos", disse o fundador do zoológico, Alexander Feldman, em comunicado nessa terça-feira (5).
"O maior problema são os grandes predadores. Seus cercados milagrosamente ainda mantêm sua integridade, mas mais um bombardeio — e os leões, tigres, ursos, perturbados pelo medo, podem ficar livres e ir para Kharkov ou para aldeias próximas", afirmou o zoológico.
Nesta quarta (6), porém, após o zoológico receber muitas doações e ajuda de voluntários, os responsáveis do local disseram ter começado uma operação para tentar resgatar parte dos animais.
"Embora houvesse bombardeios novamente, isso não nos impediu de evacuar cinco leões e alguns outros animais. Um leão e leoas hoje, dois jovens leões, uma onça e uma pantera ontem — o resgate de nossos grandes carnívoros está progredindo bem", informaram em novo comunicado.
"Não ficamos sozinhos com o nosso problema, apenas sentimos um grande apoio — e tudo faremos para que os animais sejam salvos e encontrem um novo lar. Esperamos que, temporariamente – até a nossa vitória e a restauração do Ecoparque".
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O Feldman Ecopark acrescentou que a eutanásia dos animais "é uma medida extrema" e que eles esperam não precisar utilizá-la. "Agora estamos negociando com um grande número de pessoas e organizações, em particular, com aqueles que podem aceitar nossos animais na Ucrânia e no exterior", destacou.
A guerra na Ucrânia, que começou em 24 de fevereiro , já fez com que milhões de refugiados deixassem o país na tentativa de escapar do conflito, deixou mortos, feridos e destruiu cidades e vilarejos ucranianos .
A onda de refugiados provocada pela invasão russa na Ucrânia já é a mais rápida da história. Só no primeiro mês de guerra, o número de pessoas que deixou o país supera a taxa anual de evasão de todas as crises humanitárias dos últimos 50 anos, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) .