O início da nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia em Istambul, na Turquia, foi adiado em um dia por conta de problemas logísticos.
As conversas estavam previstas para começar nesta segunda-feira (28), mas, de acordo com um integrante da delegação ucraniana, David Arahamiya, devem iniciar apenas às 10h (4h em Brasília) desta terça (29).
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também disse que as negociações ocorrerão nos dias 29 e 30.
Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, já se reuniram na cidade turca de Antália em 10 de março, mas o encontro não produziu resultados práticos.
As delegações também chegaram a fazer conversas presenciais em Belarus, cujo regime é aliado de Moscou, mas, nas últimas semanas, as negociações vêm sendo realizadas por meio de videoconferência.
Alguns países tentam intermediar um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, porém Lavrov disse nesta segunda-feira que isso seria "contraproducente" no momento. O ministro ainda cogitou a hipótese de levar as negociações para Belgrado, na Sérvia, uma histórica aliada de Moscou.
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Para interromper a invasão à Ucrânia, a Rússia exige a desmilitarização do país, seu compromisso de não ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o reconhecimento da anexação da Crimeia e da autonomia do Donbass.
A Ucrânia, no entanto, cobra garantias de segurança por parte de potências internacionais em troca da não adesão à Otan e defende a integridade de seu território.
Ataques
A perspectiva de uma nova rodada de negociações não diminuiu a intensidade dos conflitos na Ucrânia, e a região de Kiev foi atingida por bombardeios e disparos de artilharia mais de 40 vezes desde o último domingo (27). Em Kharkiv, o número de alvos atacados em 24 horas passou de 200.
"Novamente, ataque total de mísseis contra a Ucrânia. Lutsk, Kharkiv, Zhytomyr, Rivne. Todos os dias mais e mais foguetes. Mariupol sob bombardeio. A Rússia não tem mais linguagem, humanismo, civilização. Apenas foguetes, bombas e a tentativa de varrer a Ucrânia da face da Terra. A Europa gosta mesmo disso?", escreveu no Twitter Mikhailo Podolyak, assessor de Zelensky.
Por razões de segurança, não haverá nenhum corredor humanitário para evacuação de civis nesta segunda-feira.
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