Neste domingo (27), em entrevista online a jornalistas russos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que seu país está pronto para adotar a neutralidade em um acordo de paz com a Rússia. Zelensky também se recusou a falar sobre “desnazificação” e “desmilitarização” durante a reunião com o rival.
Judeu, o mandatário ucraniano nega a existência de grupos nazistas no seu país. “Não vamos nos sentar à mesa se tudo o que falamos é alguma ‘desmilitarização’ ou alguma ‘desnazificação’. Para mim, são coisas absolutamente incompreensíveis”, disse.
Zelensky se colocou como um defensor do diálogo com a Rússia antes mesmo do conflito se iniciar, mas “desde que haja um resultado”. Sobre a adoção do status de neutralidade, ele disse que decisão terá de ser submetida a um referendo.
“Precisamos de um acordo com o presidente [Vladimir] Putin. Os fiadores não assinarão nada se houver tropas [na Ucrânia]”, falou. “Garantias de segurança e neutralidade, status não nuclear do nosso Estado. Estamos prontos para isso. Este é o ponto mais importante", disse o presidente ucraniano.
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A entrevista com Zelensky está proibida de veicular na Rússia. Essa medida foi imposta pelo regulador de comunicações do país, Roskomnadzor. Ele avisou que “vai determinar o grau de responsabilidade e tomar medidas de resposta” caso isso aconteça.
Num vídeo que foi ao ar na noite de domingo (27), o presidente da Ucrânia afirma que o Kremlin está “assustado”, pois os jornalistas russos “podem dizer a verdade” ao povo.
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