Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan
Divulgação/Nato - 24.03.2022
Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan

Os líderes dos 30 países que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) publicaram a declaração final do encontro realizado nesta quinta-feira (24) e afirmaram que vão remodelar todo o sistema de defesa da Aliança no longo prazo, o que inclui a defesa contra armas químicas e nucleares .

"Os aliados da Otan vão ampliar seu apoio e  continuarão a providenciar mais apoio político e prático à Ucrânia enquanto ela continuará a se defender. Os aliados da Otan vão continuar a providenciar assistência em várias áreas como segurança cibernética e proteção contra ameaças de natureza química, biológica, radiológica e nuclear", diz a nota oficial, lembrando que a Aliança já envia equipamentos e treina militares ucranianos desde 2014, quando a Rússia anexou de forma unilateral a Crimeia e instigou os movimentos separatistas no Donbass.

"Nós estamos unidos em nossa determinação para deter as tentativas da Rússia para destruir os fundamentos da segurança e estabilidade internacionais. Nós colocamos a culpa na Rússia e em Belarus. Sanções massivas com custos políticos foram impostas contra a Rússia para tentar fazer essa guerra chegar ao fim. Continuamos determinados em manter uma coordenação internacional para fazer pressão na Rússia", acrescenta.

O comunicado ainda confirma a informação de que, além de enviar mais ajuda a Kiev, serão criados grupos de batalha militar em quatro países que fazem parte da Aliança: Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia. "As medidas são preventivas, proporcionais e não para escalada", diz ainda, ressaltando que já estão no leste europeu cerca de 40 mil soldados.

Nessa parte, a Otan informa que irá "acelerar" a mudança de como o órgão se defende para o longo prazo por conta das "transformações para uma realidade mais perigosa" no mundo e que pontos mais específicos serão debatidos em reunião no próximo mês.

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"A escolha do presidente [Vladimir] Putin de atacar a Ucrânia é um erro de estratégia, com graves consequências também para a Rússia e para o povo russo. Nós permanecemos unidos e resolutos na nossa determinação de se opor à agressão da Rússia, ajudando o governo e as pessoas da Ucrânia, e defendendo a segurança dos aliados", ressalta.

A nota ainda cobra formalmente a China para que "defenda a ordem internacional incluindo os princípios de soberania e integridade territorial, e como ressaltado na ONU, se abster de apoiar os esforços russos em qualquer sentido, e para evitar qualquer ação que ajude a Rússia a contornar as sanções".

"Nós estamos preocupados com os comentários recentes de autoridades da China e pedimos a China para cessar a amplificação das falsas narrativas do Kremlin, em particular, sobre a guerra e sobre a Otan, e para promover uma resolução pacífica do conflito", ressaltou.

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