O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , anunciou nesta quinta-feira (24) novas sanções contra 400 indivíduos e entidades russas, incluindo 300 membros da Duma, Parlamento baixo da Rússia, e oligarcas e empresas que "abastecem a máquina da guerra".
Durante pronunciamento em Bruxelas, o líder americano afirmou que seu homólogo russo, Vladimir Putin , calculou errado sua decisão de invadir a Ucrânia. "Putin estava apostando na divisão da Otan. Pelas minhas conversas com ele, ficou claro que ele não achava que isso pudesse sustentar essa coesão", explicou.
Biden enfatizou que o mandatário da Rússia "está recebendo exatamente o oposto do que ele pensava que receberia" quando decidiu iniciar a guerra no território ucraniano, em 24 de fevereiro. "Putin não achava que teríamos tamanha coesão entre aliados. A Otan está mais unida do que nunca", ressaltou ele, acrescentando que os "Estados Unidos estão determinados a apoiar os esforços com os aliados em favor da Ucrânia e a fortalece-los".
Questionado sobre a possibilidade das tropas russas usarem armas químicas na Ucrânia, Biden explicou que a resposta dependeria da natureza da utilização. No entanto, ao ser pressionado sobre se isso desencadearia uma intervenção direta da Otan, ele reforçou que "desencadearia uma resposta em espécie".
"Responderemos ao uso de armas químicas por Moscou, a Otan responderá", enfatizou. "Na Otan, tomaríamos essa decisão na hora".
No seu discurso, o presidente dos Estados Unidos ainda defendeu a exclusão da Rússia do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.
"A Rússia deveria ser retirada do G20", declarou o democrata, pedindo que a Ucrânia seja autorizada a participar do grupo.
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China - Após a cúpula da Otan, Biden reforçou que a China sabe de quais serão as possíveis consequências se apoiarem militarmente a invasão russa na Ucrânia.
O democrata lembrou que "não fez ameaças", mas deixou claro ao presidente chinês, Xi Jinping, quais as consequências de uma possível ajuda ao governo Putin.
Além disso, Biden apontou o número de empresas americanas e estrangeiras que deixaram a Rússia por causa de seu "comportamento bárbaro".
"Acho que a China entende que seu futuro econômico está muito mais ligado ao Ocidente do que à Rússia. E por isso estou esperançoso de que eles não fiquem envolvidos", disse Biden.
Por fim, ele fez um apelo aos países ocidentais para que mantenham uma frente unida em relação à Rússia. Questionado se as sanções impediriam Putin, Biden afirmou que o mais importante é que elas sejam mantidas.
"A manutenção das sanções - aumentando a dor - para ter certeza de que depois de um mês vamos sustentar o que estamos fazendo. É isso que vai detê-lo", garantiu. "A coisa mais importante é que nos mantenhamos unidos e que o mundo se concentre no bruto que ele é".