A embaixada dos Estados Unidos em Kiev acusou a Rússia de sequestrar 2.389 crianças de Donetsk e Lugansk, atroproclamadas repúblicas independentes da Ucrânia. Os menores teriam sido levados para a Rússia, segundo a postagem no Twitter da representação diplomática, que credita a informação ao Ministério de Relações Exteriores ucraniano.
"Isso não é assistência. É sequestro", ressaltou o governo americano, sem compartilhar provas da acusação.
Nesta quarta, chegou a 3,5 milhões o número de refugiados da Ucrânia desde o início da invasão russa, segundo dados da ONU. Desse total, 2,1 milhões viajaram para a Poônia prara fugir da guerra. Não foram realizados novos acordos para a abertura de corredores humanitários. A saída do país está concentrada na cidade de Mariupol.
Negociações 'pouco substanciais'
Nesta terça, o Kremlin voltou a afirmar que as negociações para acabar com o conflito deveriam ser mais "substanciais". O porta-voz Dmitri Peskov, no entanto, não revelou mais detalhes sobre os temas em que as conversações não avançam:
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"Está em curso um certo processo [de negociações], mas gostaríamos que fosse mais enérgico, com mais substância", disse o porta-voz do Kremlin. "Atualmente tornar públicas [o que está sendo discutido apenas prejudicaria o processo de negociações, que já é mais lento e menos substancial do que gostaríamos".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky afirmou na segunda-feira que está disposto a conversar com o colega russo Vladimir Putin sobre um "compromisso" para a região do Donbass, no Leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Moscou lutam desde 2014 contra o Exército ucraniano, e também sobre a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, para acabar com a ofensiva iniciada pelas forças russas em 24 de fevereiro.
Enquanto as negociações não avançam, o o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, disse estar preparado para visitar Kiev para ajudar na mediação para pôr fim à guerra, após um convite do governo ucraniano. De acordo com um comunicado de seu Gabinete, Bennett "estaria pronto para viajar se as negociações alcançassem um nível suficiente de seriedade". O embaixador ucraniano em Israel, Yevgen Korniychuk, por sua vez, disse que nenhuma visita havia sido confirmada.
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