Nesta quarta-feira (9), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que "alguns progressos foram feitos" nas negociações com a Ucrânia .
"Paralelamente à operação militar especial (nome dado pelas autoridades de Moscou à entrada de tropas russas na Ucrânia) também estão acontecendo negociações com a parte ucraniana para acabar o quanto antes com o banho de sangue sem sentido e a resistência das Forças Armadas ucranianas (…) alguns progressos foram feitos", afirmou Zakharova.
Em entrevista coletiva, a porta-voz disse que os objetivos da Rússia "não incluem a ocupação da Ucrânia, a destruição de seu Estado ou derrubar o governo atual", reiterando que a ação não tem como alvo a população civil.
O conflito já entrou no 14º dia e provocou a fuga de milhões de refugiados e deixou centenas de mortos, incluindo civis.
Nessa terça (8), o Exército russo anunciou uma nova trégua na guerra contra a Ucrânia nesta quarta para possibilitar a retirada de civis do país em segurança .
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Hoje, porém, o governador de Kharkiv disse que a retirada de moradores de Izyum não está sendo possível, devido aos bombardeios russos, que continuam ocorrendo mesmo durante o cessar-fogo . Segundo o prefeito da cidade, alguns civis foram retirados por um corredor humanitário.
Além disso, o presidente ucraniano Volodymr Zelenskiy acusou a Rússia de realizar um ataque aéreo que danificou um hospital infantil na cidade de Mariupol , no sul do país, também nesta quarta. De acordo com ele, crianças estavam entre as pessoas "sob os destroços".
A Rússia, no entanto, negou alvejar civis em seu ataque à Ucrânia.