O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, cancelou a reunião prevista para acontecer na próxima semana com o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov. O encontro seria mais uma medida para buscar uma saída diplomática para a crise na Ucrânia .
"Agora que vemos que a invasão está começando, e que a Rússia deixou clara sua completa rejeição da diplomacia, não faz sentido prosseguir com o encontro neste momento", disse Blinken à imprensa nesta terça-feira (22). A declaração foi dada após uma reunião dele com o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, em Washington.
Na ocasião, o governo americano também comunicou que fará sanções econômicas
, como o bloqueio de duas grandes instituições financeiras da Rússia. As medidas entrarão em vigor já nesta quarta-feira (23).
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De acordo com a publicação, os Estados Unidos e seus aliados europeus também autorizaram o envio de mais soldados para a região do Báltico. A reportagem cita ainda uma informação da agência Reuters, que indica a redistribuição de 800 soldados de infantaria e até oito caças F-35, conforme relatado por uma autoridade americana.
Além disso, o governo estadunidense vai enviar 32 helicópteros de ataque AH-64 Apache para o Báltico e para a Polônia. Em seu discurso, Biden já havia ressaltado que seu governo e seus aliados "vão defender cada milímetro do território da Otan".
Toda a crise é motivada justamente pela resistência da Rússia em aceitar uma eventual incorporação da Ucrânia, situada em sua zona de influência no leste europeu, à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), braço armado do Ocidente. Com a escalada de tensão, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência de duas cidades ucranianas separatistas, o que já foi classificado como o "início da invasão"
pelos americanos.