Tensão na Europa
O Antagonista
Tensão na Europa

O representante permanente do Brasil na ONU, Ronaldo Costa, voltou a defender uma solução negociada para a crise entre a Rússia e a Ucrânia, em um discurdo proferido na noite de segunda-feira em reunião do Conselho de Segurança.

Segundo ele, diante da situação criada em torno do status das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, o Brasil apela para a necessidade de respeitar os princípios da Carta das Nações Unidas, para que seja evitada uma escalada de violência e que se estabeleçam, no mais breve prazo, canais de diálogo capazes de encaminhar de forma pacífica a situação no terreno. 

Costa enfatizou que a tensão dentro e ao redor da Ucrânia está se agravando diariamente – “na verdade, a cada hora”. Disse que a situação se tornou crítica e que o Brasil vem acompanhando os últimos acontecimentos com extrema preocupação. 

"Nas atuais circunstâncias, nós, neste Conselho, em representação da comunidade internacional, devemos reiterar os apelos à imediata desescalada e nosso firme compromisso de apoiar os esforços políticos e diplomáticos para criar as condições para uma solução pacífica para esta crise", afirmou o diplomata, que representa o Brasil como membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Ronaldo Costa fez um apelo a favor do diálogo “com espírito de abertura, compreensão, flexibilidade e senso de urgência”, para que se encontre a paz duradoura na região. Ele ressaltou que o primeiro objetivo é obter um cessar-fogo imediato, com a retirada abrangente de tropas e equipamentos militares no terreno.  

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"Tal desengajamento militar será um passo importante para construir confiança entre as partes, fortalecer a diplomacia e buscar uma solução sustentável para a crise. Acreditamos firmemente que este Conselho deve cumprir sua responsabilidade central de ajudar as partes a se engajarem em um diálogo significativo e eficaz para alcançar uma solução que aborde efetivamente as preocupações de segurança na região. Não nos enganemos: no final das contas, estamos falando sobre a vida de homens, mulheres e crianças inocentes no terreno", salientou.

O embaixador brasileiro lembrou que, entre os princípios básicos defendidos na ONU, estão a igualdade soberana e a integridade territorial dos Estados-Membros; a restrição no uso ou na ameaça de uso da força; e a solução pacífica de controvérsias. 

"No entanto, nosso pilar e nossos princípios não produzirão resultados a menos que as preocupações legítimas de todas as partes sejam levadas em consideração, e a menos que haja pleno respeito pela Carta e pelos compromissos existentes, como os Acordos de Minsk",  completou.

Esses acordos foram assinados em 2014, para tentar pôr fim ao conflito no Leste ucraniano entre os separatistas e o Exército do país. 

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