Os ex-presidentes petistas Lula e Dilma Rousseff assinaram uma carta pedindo que Julian Assange, fundador do WikiLeaks , seja solto. Assange é alvo de pelo menos 17 acusações criminais, e sua condenação pode chegar a 175 anos de prisão.
A carta diz que Assange é um "triunfo da opressão, do silêncio e do medo". Além de Lula e Dilma, assinam também o documento o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper e o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo, além do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT).
"A decisão do Tribunal de Westminster (Reino Unido), de 10 de dezembro de 2021, que possibilita a extradição de Julian Assange aos EUA, não é apenas um grave erro judicial que põe em risco sua vida, como sua advogados de defesa, mas sim uma decisão que abre sérios precedentes na violação do direito humano à liberdade de expressão e informação", diz o documento assinado pelos petistas.
O fundador do WikiLeaks ganhou notoriedade após divulgar milhares de documentos diplomáticos e militares estadunidenses em 2010. Em 2016, mensagens secretas da campanha da democrata Hillary Clinton também foram expostos.
Assange pode ser extraditada para os EUA para responder ao processo que o acusa de espionagem. A extradição foi aprovada na última sexta-feira (10) pela Justiça britânica.