A Coreia do Norte lançou um novo míssil a partir de um submarino no Mar do Japão, denunciou nesta terça-feira (19) o governo da Coreia do Sul. O Comando de Estado Maior de Seul, porém, não soube precisar qual tipo de projétil foi utilizado.
Segundo a nota oficial, o lançamento ocorreu por volta das 10h17 (hora local) próximo a Simpo, na província de Hamgyong Sul. "As autoridades de Inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos estão conduzindo uma análise aprofundada", acrescentaram os oficiais.
Até o momento, sabe-se que o míssil teve uma trajetória entre 430km e 450km.
O novo lançamento ocorreu enquanto enviados sul-coreanos e japoneses estão em Washington para discutir os esforços conjuntos para tentar levar Pyongyang de volta à mesa de negociações para fornecimento de ajuda humanitária. A ideia é parar com a aceleração no ritmo de novos lançamentos, que voltaram a aumentar desde setembro.
O premiê japonês, Fumio Kishida, afirmou que o ato da Coreia do Norte é "extremamente lamentável" e disse que pode confirmar que houve "danos" em equipamentos do país após o lançamento, mas sem o registro de vítimas. No entanto, não foram dados detalhes sobre o que seriam esses danos.
A China, única grande aliada política de Pyongyang, disse que foi informada sobre o novo lançamento, mas pediu que todas as partes envolvidas tenham "moderação". Um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou aos jornalistas em sua coletiva diária que a situação da península coreana está em uma fase "crítica".
"Cada país interessado deve pensar em uma perspectiva ampla, manter a moderação e fazer esforços para proteger a paz e a estabilidade na península coreana", afirmou ainda Wang.
A situação entre as duas Coreias nos últimos meses está repleta de altos e baixos. Enquanto Pyongyang fez uma série de novos testes com mísseis, incluindo dois com novas tecnologias, Seul também fez exercícios militares com os norte-americanos e testou projéteis.
Ao mesmo tempo, as comunicações entre os dois governos foram retomadas e paralisadas por duas vezes. Em junho, após um ano de paralisação nas conversas diretas, o ditador Kim Jong-un retomou formalmente as ligações, mas voltou a interrompê-las por conta dos exercícios conjuntos do Sul e dos EUA.
Em 4 de outubro, novamente, as conversas foram retomadas, mas o cenário agora é incerto com o novo lançamento.