O dia 11 de setembro ficou marcado na história como um dos mais marcantes para a história dos Estados Unidos e do mundo. Isso porque mais de 3 mil pessoas morreram no ataque terrorista às torres gêmeas, em Nova York. O atentado, que completa 20 anos neste sábado, motivou não apenas diversas mudanças em termos de segurança nacional, mas também abriu espaço para a chamada ‘guerra ao terror’, que motivou os EUA a invadirem o Afeganistão e lutar contra os terroristas autores do ataque.
Os atentados de 11 de setembro tiveram como um dos grandes responsáveis, Osama Bin Laden. Poucas semanas depois do atentado, o governo norte-americano deu início à Guerra do Afeganistão, com o objetivo de capturar o líder da Al-Qaeda e puni-lo pelo ato terrorista.
As motivações que levaram Bin Laden e a Al-Qaeda a realizarem atentados contra os Estados Unidos são o resultado de um processo que se iniciou ainda na década de 1970. A motivação do ataque foi a inimizade dos fundamentalistas islâmicos com os Estados Unidos. Dentre os principais motivos para os problemas diplomáticos estavam as intervenções dos norte-americanos nas nações do Oriente Médio e por seu apoio ao Estado de Israel.
“O serviço de inteligência norte-americano, ao identificar que esse ataque tinha vindo de uma organização terrorista chamada Al-Qaeda, e que seu líder Osama Bin Laden era acobertado pelos Talibãs - que é o grupo fundamentalista que comandava o Afeganistão (desde a década de 1990) - motivou a invasão americana”, afirmou o cientista político e professor do Insper, Leandro Consentino.
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Quem ordenou o ataque ao Afeganistão
A invasão foi autorizada pelo então presidente George W. Bush. Os Estados Unidos procuraram derrubar o Talibã, porque esse grupo fundamentalista abrigava a Al-Qaeda em seu território. Com a invasão do Afeganistão, os EUA iniciaram uma fase do que ficou conhecido como ‘Guerra ao Terror’, que incluiu a invasão do Iraque dois anos depois, em 2003.
O governo Talibã foi derrotado, mas a situação do Afeganistão nunca se estabilizou. Recentemente, o governo americano, agora sob a gestão de Joe Biden, retirou suas tropas do país e o mergulhou em um caos humanitário novamente.
“O 11 de setembro mudou o humor do sistema internacional, que vinha de um período otimista com o fim da guerra fria no final dos anos 1980. A partir de 2001 a ideia dos países é olhar um pouco mais pra si e sanar alguns problemas antes de olhar para fora, e o terrorismo foi um desses pontos”, complementou Consentino.
Como foi o ataque
Os atentados que aconteceram em 11 de setembro de 2001 foram realizados por 19 terroristas. Dois aviões comerciais sequestrados foram arremessados contra dois edifícios do complexo World Trade Center, em Nova York. No mesmo dia, um terceiro avião comercial sequestrado foi arremessado contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, e um quarto avião comercial sob controle de terroristas caiu na Pensilvânia antes de chegar ao seu suposto destino, a Casa Branca, residência oficial do presidente.
Nesse dia, os 19 terroristas embarcaram, e, quando as aeronaves já estavam no ar, renderam a tripulação e os passageiros, e então reajustaram as rotas das aeronaves para conseguir realizar os ataques.