O chefe do Estado Maior do Exército dos EUA, general Mark Milley, cogitou a hipótese de tentar uma coordenação com o Talibã em eventuais operações antiterroristas contra o Estado Islâmico (EI) no Afeganistão.
Apesar de ambos pregarem uma versão radical do islamismo sunita, os dois grupos são rivais, já que o EI acusa os talibãs de abandonarem a causa jihadista.
"É possível", disse Milley em uma coletiva de imprensa, ao responder sobre uma possível coordenação com os novos governantes afegãos no combate ao terrorismo.
"Na guerra, deve-se fazer aquilo que for necessário para reduzir o risco, e não necessariamente aquilo que você gostaria", acrescentou o chefe do Estado Maior do Exército americano.
A volta do Talibã ao poder no Afeganistão foi possibilitada pela retirada das tropas dos Estados Unidos, que ocupavam o país asiático desde 2001.
A saída é fruto de um acordo assinado ainda por Donald Trump com os fundamentalistas islâmicos, mas é alvo de críticas por ter sido implantada por Joe Biden de maneira caótica.
Durante a evacuação, um atentado suicida do EI no aeroporto de Cabul matou quase 200 pessoas, incluindo 13 cidadãos americanos.