Estudos, pesquisas, leis e custos. Duas décadas após o maior ato terrorista da história, novos fatos continuam a surgir sobre o atentado. Confira uma seleção de 11 deles.
Inicialmente, seriam 20 terroristas envolvidos nos ataques sendo 5 para cada aeronave sequestrada. Mas apenas 19 embarcaram. Isso porque e, após uma longa investigação do FBI - Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos -, Zacarias Moussaoui foi preso antes de entrar em um dos aviões. O francês encontra-se detido em um presídio de segurança máxima no Colorado após confessar sua participação nos atentados.
Segundo o relatório oficial do governo norte-americano, além dos ataques consumados nas Torres Gêmeas e no Pentágono, um quarto avião atingiria um dos maiores símbolos dos Estados Unidos: o Capitólio - Congresso norte-americano - ou a Casa Branca. Passageiros do voo 93 da United Airlines foram avisados que aeronaves haviam sido sequestradas e, então, optaram por tentar retomar o controle do transporte - que caiu em uma área rural da Pensilvânia. Estes viajantes são tidos como heróis nacionais.
Os impactos dos aviões que atingiram as Torres Gêmeas - e sua queda, posteriormente - foram detectados por sismógrafos da Universidade de Columbia. Os ataques com os jatos - primeiro na torre Norte e depois na torre Sul - geraram ondas sísmicas comparáveis a pequenos terremotos de magnitudes 0,9 e 0,7 ponto na escala Richter. Já os colapsos da Sul gerou uma movimentação solar de 2,1 pontos e a queda da Norte, de 2,3 pontos.
Além das Torres Gêmeas, outro prédio desabou nos ataques de 11 de setembro. O chamado "Building 7" é um edificio de 47 andares que não foi atingido pelos aviões, mas apresentou falhas estruturais após o desabamento das torres Norte e Sul.
Segundo a CNN norte-americana, foram 2.977 óbitos registrados no dia 11 de setembro de 2001. Destes, 372 eram estrangeiros de 80 nacionalidades diferentes. Entre os mortos, haviam vítimas de 2 a 85 anos. Cerca de 80% dos falecidos foram homens.
De acordo com o relatório oficial do governo norte-americano, nem a Polícia de Nova Iorque ou o Corpo de Bombeiros local sabiam como agir após o ataque. Ambos possuem seus procedimentos de emergência, mas nenhum serviço de socorro havia formulado um plano coordenado de resgate para grandes atos terroristas.
Um estudo publicado pela Universidade de Medicina Monte Sinai, em 14 de janeiro de 2020, identificou que policiais e socorristas que auxiliaram as vítimas do atentado possuem 219% mais chances de desenvolver câncer de tireoide, 41% de ter leucemia, 25% de apresentar câncer de próstata e 9% de gerar outras doenças oncológicas. Isso tudo devido ao contato com a densa fumaça, formada por fuligem, benzeno, cimento, amianto e metais pesados.
A rede de noticiários realizou uma estimativa dos custos dos atentados: US$ 500 mil para a execução do plano terrorista; US$ 123 bilhões pela falta das Torres Gêmeas e dos aviões que colidiram nos prédios; US$ 60 bilhões em danos estruturais nos prédios do entorno; US$ 40 bilhões no pacote anti-terrorismo aprovado pelo Congresso norte-americano; US$ 15 bilhões para novas adaptações de segurança nas aeronaves; e US$ 9.3 bilhões em indenizações pelos ataques terroristas;
De dezembro de 2001 a junho de 2004, o Congresso norte-americano administrou um fundo de compensação para os familiares das vítimas. Ao todo, foram 7.408 pedidos de indenização por danos pessoais. Destes, 5.560 foram concedidos. Desde janeiro de 2011, o fundo foi reaberto e opera normalmente. A operação foi realizada a fim de evitar processos às companhias aéreas e conta com um orçamento de US$ 7 bilhões a serem distribuídos anualmente. Na imagem, a tatuagem de Tom Canavan - um entre os 20 sobreviventes do colapso da Torre Norte.
Foram necessários 261 dias para que o trabalho de limpeza dos atentados fosse concluído. A operação iniciou-se no dia 11 de setembro de 2001 e foi concluída em 30 de maio de 2002. Pouco mais de 1,8 milhão de toneladas de entulho foram retiradas. O custo da reorganização foi de US$ 750 milhões - quase R$ 4 bilhões na cotação atual.
Em 26 de fevereiro de 1993, a Al Qaeda realizava seu primeiro atentado contra as Torres Gêmeas. Na ocasião, um caminhão bomba explodiu nas laterais da garagem subterrânea da Torre Norte. A intenção era derrubar o edifício sobre a Torre Sul. O ato vitimou seis pessoas e deixou 1.042 feridas e, de acordo com o FBI, o atentado foi um preparativo para os atos de 11 de setembro.