O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exonerou na noite desta segunda-feira (1) o ministro de Energia Elétrica, Luis Motta Domínguez. A medida foi adotada devido à série de apagões que atingem o país. Especialista em energia, Igor Gavidia assume o posto, assim como a Presidência da companhia elétrica estatal Corporación Eléctrica Nacional (Corpoelec).
Maduro assinou ainda um decreto que cria o "estado-maior elétrico", liderado pela vice Delcy Rodríguez e pelo ministro do Interior e da Justiça, Néstor Reverol, que deverão buscar soluções para a crise energética.
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No domingo, Maduro tinha anunciado um plano de 30 dias para tentar resolver os apagões. Com isso, a jornada de trabalho em toda a Venezuela será encerrada às 14h locais, todos os dias. As aulas estão suspensas e haverá racionamento de energia.
Maduro acusa a oposição e países estrangeiros de "sabotarem" o sistema elétrico e provocarem os apagões. Mais de 50 países não reconhecem mais a autoridade de Maduro na Venezuela, considerando-o uma espécie de ditador. Essas nações, incluindo Estados Unidos e Brasil, apoiam o opositor Juan Guaidó , autodeclarado presidente da Venezuela, e pedem a convocação de novas eleições.
No entanto, Maduro ainda conta com o apoio da maior parte das Forças Armadas, da Rússia e da China.
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O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, anunciou para 6 de abril uma manifestação nacional de apoio a Maduro , "em defesa da soberania e contra o imperialismo". O protesto coincidirá com um ato já convocado por Guaidó e pela oposição em toda a Venezuela, batizada de "Operação Liberdade".