Autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó perdeu os direitos políticos
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Autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó perdeu os direitos políticos

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela retirou nesta segunda-feira (1º) a imunidade parlamentar do autodeclarado presidente interino do país, Juan Guaidó. O presidente do TSJ, Maikel Moreno, também bloqueou os bens do parlamentar e reiterou sua proibição de deixar o país. A decisão da Corte venezuelana abre caminho para que o presidente da Assembleia Nacional seja preso.

Na última quinta-feira (28), a  Controladoria da Venezuela decidiu tornar  Juan Guaidó inabilitado para ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos. O motivo seria as inúmeras viagens feitas pelo principal opositor de Nicolás Maduro nas últimas semanas.

Em sua decisão, anunciada pela televisão estatal venezuelana, o controlador do governo, Elvis Amoroso, informou que Guaidó fez 91 viagens ao exterior sem qualquer aviso prévio à Assembleia Nacional da Venezuela , o que é proibido por lei.

"Ele fez 91 viagens ao exterior sem a autorização da Assembleia Nacional por um montante de 570 milhões de bolívares que ele não pode justificar com seu salário como funcionário público", disse Amoroso.

Entre as viagens feitas por Guaidó está incluída a visita ao Brasil no dia 03 de março . Principal opositor de  Nicolás Maduro , o político passou por diversos países da América do Sul, justamente buscando apoio pela queda do atual presidente venezuelano.

“A Controladoria decidiu desativar o exercício de qualquer cargo público do cidadão (Guaidó) pelo prazo máximo estabelecido na lei", diz o documento lido por Elvis Amoroso nesta quinta-feira (28) aos cidadãos do país.

O controlador do governo, porém, não conseguiu explicar a partir de que momento passa a vigorar a pena de Guaidó, mas confirmou que, de imediato, o líder do parlamento venezuelano será multado.

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Autodeclarado presidente da Venezuela com aprovação do parlamento,  Juan Guaidó  tem o apoio do chamado “Grupo de Lima”, formado em oposição ao regime de Nicolás Maduro. Entre os principais apoiadores está o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro e o presidente norte-americano, Donald Trump, que inclusive recebeu a esposa do político na última qurta-feira (27). Outros chefes de governo mundiais, porém, condenam as ações do parlamentar, casos de Vladimir Putin, da Rússia e Recep Tayyip Erdoğan, da Turquia.

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