O número de mortos vítimas do ciclone Idai chegou a 579 nesta sexta-feira (22). Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 281 pessoas morreram em Moçambique, o país mais afetado, e 56 no Malaui. O Ministério da Defesa do Zimbábue informou que 259 pessoas morreram no país. Há pessoas desaparecidas.
Organizações internacionais, entidades de ajuda humanitária e os governos locais concordam que o número de mortes em decorrência do ciclone Idai deve continuar subindo e pode passar de mil .
O secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Elhadj As Sy, ressalta que a necessidade de ajuda humanitária é grande. "Eles não estão nem perto da magnitude do problema. Temo que veremos melhor nas próximas semanas e meses. Devemos nos preparar", afirmou.
Em Moçambique , uma vasta região continua inundada. No país, a cidade da Beira, que ficou 90% destruída com a passagem do furacão na quinta-feira (14), tornou-se um centro de concentração de esforços de resgate em toda a região.
Na quinta-feira, o ministro do Meio Ambiente de Moçambique, Celso Correia, estimou que quase 15 mil pessoas ainda precisavam ser resgatadas áreas inundadas do país. As operações de socorro encontram dificuldades porque grande parte das pontes e estradas foram destruídas pelo ciclone. A ajuda humanitária tenta chegar às pessoas de helicóptero e em botes de borracha.
"Estamos trabalhando com a Nasa, a agência espacial norte-americana, e com a Agência Espacial Europeia para obter informações mais completas sobre as áreas afetadas e o número de pessoas presas lá”, afirmou Carolina Haga, da Cruz Vermelha Internacional .
A União Europeia anunciou nesta terça-feira (19) uma ajuda emergencial de 3,5 milhões de euros.
Segundo a ONU, a passagem do ciclone foi a pior tempestade tropical a atingir a região nas últimas décadas. A Organização também considerou que a tempestade pode ser a pior da história no hemisfério sul.
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O ciclone Idai atingiu Moçambique na quinta-feira (14), onde causou a maior destruição. De lá, seguiu para Zimbábue e Malaui, onde as consequências também foram graves. Além da destruição imediata, os cidadãos dos países afetados sofrem com as consequências das chuvas que acompanharam o ciclone.