Lula já decidiu quem será o novo ministro do STF
Joédson Alves/ Agência Brasil
Lula já decidiu quem será o novo ministro do STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tomou a decisão sobre quem será o próximo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). A afirmação é de um importante membro do primeiro escalão do governo. O anúncio, no entanto, deverá ser feito apenas daqui dez dias, mas já há membros em campo representando o Planalto para sondar senadores.

A coluna ouviu de uma fonte com entrada livre no Alvorada de que a decisão de Lula está tomada e de que o presidente não vai mais mudar de ideia. "A intenção é impedir que o nome vaze, mas ele já escolheu e a pessoa escolhida também sabe que terá seu nome anunciado em breve", avaliou o funcionário da gestão petista. "Se vazar o nome antes das negociações pode ter algum tipo de desgaste desnecessário neste momento", completou.

Para evitar que a escolha seja divulgada antes do que espera o governo, a estratégia traçada para sondar senadores é apresentar mais de um nome. A coluna apurou que pelo menos três juristas serão apresentados de forma extraoficial para que a ala governista do Senado dê seu parecer. "Lula não vai mudar de ideia se o nome escolhido tiver rejeição, mas ele saberá o que precisa negociar pela aprovação", garante um ministro.

Nos corredores do Planalto fala-se que o grande favorito é o advogado Cristiano Zanin, responsável por defender Lula nos processos que o colocaram na cadeia e também que o absolveram logo depois. O problema é que ele encontra resistência de todos os lados, inclusive dentro do próprio PT, e esta pode ser a razão de que seu nome seja preterido, ao menos neste momento.

Nomes como Lênio Streck e Paulo Serrano, ambos do Prerrogativas, ganharam espaço nos últimos dias, mas entre membros do governo ninguém acredita que um deles será o escolhido de Lula. "O presidente tem muito claro a forma como pretende conduzir este caso", garante um assessor em conversa privada com a coluna. "Vai haver ruídos, mas ele sabe como lidar com a situação".

O próximo ministro do STF vai ocupar a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski, que anunciou a aposentadoria recentemente e deixa a Corte nos próximos dias. Após a indicação do presidente, o rito é de que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado faça uma sabatina com o candidato e só depois a votação vai para plenária.

Quem comanda a CCj é o senador Davi Acolumbre (União), que se tornou um importante aliado de Lula. Diferente do que ele fez em 2021, quando segurou ao máximo a sabatina de André Mendonça, o político não deve postergar o indicado do atual presidente. No plenário serão necessários 41 votos favoráveis e, no cálculo do governo, a aprovação de qualquer nome deve beirar os 60.

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