Mesmo que haja agravamento expressivo da pandemia e, consequentemente, o estado retroceda à fase vermelha do Plano São Paulo de flexibilização das medidas de isolamento social , as escolas estaduais devem seguir abertas aos alunos. Foi o que defendeu hoje (2) o Secretário da Educação de SP, Rossieli Soares .
"Por mim, sempre que puder manter a escola aberta com segurança para ter algum tipo de atividade para os estudantes, isso tem de ser prioridade. O mundo inteiro, mesmo com ondas maiores de casos, agora está dizendo que educação é essencial. Se depender de mim, escola tem de ser considerada serviço essencial. Escolas têm ambientes mais seguros do que qualquer outro (espaço). Nosso problema é que a sociedade precisa olhar isso como uma prioridade ", disse.
Nesta segunda-feira (02), um dia após a reeleição de Bruno Covas à prefeitura da capital paulista , o governo de SP anunciou a "recalibragem" do plano, retornando todas as regiões do estado para a fase amarela . Ainda assim, as escolas municipais continuaram autorizadas a abrirem as portas.
Quando São Paulo estava na fase vermelha das medidas de isolamento, em março, porém, as escolas estavam fechadas, e apenas os serviços essenciais , como supermercados e farmácias, eram liberados para funcionar .
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"Se Educação é prioridade, é preciso cuidar em todos os outros ambientes para que não seja necessário fechar a escola."
O secretário não garantiu o retorno d e 100% dos alunos em 2021 pois, segundo ele, essa volta total dependerá da evolução da pandemia e do comportamento das pessoas nas festas de fim de ano. Em seguida, Rossieli pediu que aglomerações e festam sejam evitadas justamente para que seja possível manter o funcionamento das instituições de ensino.
Rossieli ainda falou sobre o Ministério da Educação (MEC) , que publicou portaria hoje (2) anunciando volta às aulas das unidades estaduais, federais e particulares em janeiro - desistindo horas depois . Segundo o secretário, uma medida desse tipo faria mais sentido na educação básica. Ainda assim, o secretário acredita que o retorno não deve ser resolvido dessa forma.
Rossieli Soares informou que foram contabilizadas 56 infecções de alunos e estudantes de escolas estaduais testados pelo método RT-PCR desde a reabertura das instituições.
"Não foi um crescimento grande. Não tivemos casos de transmissão dentro da escola, mas temos redobrado os cuidados. É uma volta vagarosa e cuidadosa. Temos trabalhado com alunos prioritários, os que têm mais dificuldade de ter equipamento, acesso. Estamos em alerta e fazendo o monitoramento", afirmou.