Um grupo de policiais militares de São Paulo demonstrou insatisfação com o posicionamento do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em relação ao afastamento de um policial militar que agrediu uma mulher no Metrô.
Segundo PMs ouvidos pela reportagem, o governador não apresentou compreensão do contexto que levou à agressão.
Embora condenem a agressão, os policiais destacaram a importância de entender o que motivou o agente a "perder a cabeça".
"A sensação de insegurança na cidade de São Paulo é notória e isso faz com que a pressão na corporação seja grande. Às vezes, um bate-boca com a vítima pode ter sido o estopim para uma série de problemas que aquele policial estava enfrentando. Era isso que o governador deveria ter dito na entrevista", afirmou um dos PMs.
O grupo defende que o policial passe por um processo de capacitação e receba apoio psicológico antes de voltar a trabalhar. A Associação dos Oficiais, Praças e Pensionistas da Polícia Militar do Estado de São Paulo foi procurada para comentar o assunto, mas não respondeu até o momento.
Por outro lado, a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo afirmou que o policial foi identificado e afastado do serviço operacional, e que o caso está sendo investigado por meio de Inquérito Policial Militar.
"O policial militar foi identificado e afastado do serviço operacional. O caso é apurado por meio de Inquérito Policial Militar – IPM. A PM esclarece que a conduta do policial citada não condiz com os protocolos da Instituição, que investe em treinamentos constantes para que as técnicas de abordagem sejam aperfeiçoadas", pontuou a SSP-SP.
A reportagem também buscou um posicionamento do Ministério de Direitos Humanos do governo federal, mas não obteve retorno até o momento.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp