O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o bloco formado por PSD, MDB, Podemos, PSC e Republicanos, que se tornou o maior da Câmara dos Deputados . O chefe do Executivo federal aposta que o grupo enfraquecerá o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aumentando o poder do governo federal no Congresso Nacional.
Lira trabalhou intensamente para que o PP formasse uma federação com o União Brasil, mas as negociações fracassaram. A junção faria com que o grupo fosse o maior no Congresso Nacional.
O deputado ficou frustrado e articulou para que o seu partido integrasse um grande bloco, contando com União Brasil, Cidadania, PSDB, Patriota, Avante e PL. Só que as conversas não avançaram, principalmente pelo desinteresse do Partido Liberal de estar em um grupo que a maioria pode apoiar o governo federal.
Com a ida do Republicanos para o “blocão” e a resistência do PL de estar em uma ala de partidos, Lira se viu enfraquecido e agora trabalha para não perder mais força dentro do Congresso Nacional.
Ao longo desta semana, por exemplo, ele conversou com líderes do União Brasil, Cidadania, PSDB, Patriota e Avante para reafirmar o desejo de tê-los ao seu lado e procurou o PSB e PDT para integrar o grupo. A intenção é mostrar que sua gestão na Câmara é suprapartidária.
Porém, tanto o PSB quanto o PDT não demonstraram interesse até o momento em estar no mesmo bloco que Patriota, União Brasil e PSDB.
Lula comemora
O desespero de Lira é visto com bons olhos por parte de Lula. O governo tem dito que o presidente da Câmara não é mais um “primeiro-ministro” e já percebeu que tem perdido força entre os deputados.
O presidente da República pediu aos seus líderes que articulem para atrair deputados do Republicanos para a base governista. Ele até autorizou negociação de cargos para o partido integrar o governo.
A sigla comandada por Marcos Pereira só não estará no Planalto se não quiser. Atualmente, há dois empecilhos: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e um grupo de deputados e senadores bolsonaristas.
No meio de todas essas articulações, Lula aposta que Lira não conseguirá recuperar o poder que obteve durante o governo Bolsonaro.
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