Geraldo Alckmin e o filho caçula, Thomaz Alckmin
Reprodução: Redes Sociais
Geraldo Alckmin e o filho caçula, Thomaz Alckmin

O perito  do Instituto de Criminalística (IC) Hélio Rodrigues Ramaciotti, foi condenado pela Justiça de São Paulo a três anos de prisão por falsa perícia e outras irregularidades no laudo sobre a queda do helicóptero em que estava o filho caçula do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) , no ano de 2015.

Thomaz Alckmin e mais quatro pessoas morreram no acidente em Carapicuíba. Na época, Geraldo era o governador de São Paulo.

Segundo o Ministério Público, o perito fez diversas afirmações falsas no inquérito policial. Ele ainda poderá responder em liberdade, de acordo com a sentença.

A pena de prisão ainda foi transformada na prestação de serviços à comunidade e no pagamento de um salário mínimo (R$ 1.320) a uma entidade pública ou privada com destinação social.

O perito ainda perderá o cargo como servidor público.

Denúncia

Em março de 2018, a promotora Camila Moura e Silva à 1ª Vara Criminal de Carapicuíba, na Grande São Paulo, apresentou uma denúncia contra Hélio.

No documento, ela indica os erros do perito:

Segundo o perito, havia um painel de chaves do helicóptero que não estava danificado e tinha as chaves em posições adequadas, mas fotos na denúncia mostram que isso não é verdade;

O perito disse que o veículo tinha um certificado diferente ao que realmente tinha. "Dentro das hipóteses para a queda que estavam sendo abordadas naquele momento fazia toda a diferença atestar se a aeronave tinha certificado FAR 27 ou 29", diz a denúncia;

No laudo, Hélio diz que teve contato com uma aeronave que era a versão militar do helicóptero que se acidentou, entretanto, segundo a promotora, se tratava de versão de outro modelo;

De acordo com a promotora, ele utilizou dados de exames que não realizou, como análise de combustível e fluído hidráulico. "Comparando seu laudo com o da aeronáutica, percebeu-se que se tratava de cópia integral", disse Camila Moura.

Além do filho de Alckmin, as outras vítimas foram: o piloto Carlos Haroldo Isquerdo Gonçalves, de 53 anos, e os mecânicos, Paulo Henrique Moraes, de 42 anos, Erick Martinho, de 36, e Leandro Souza, de 34 anos.

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