Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante anúncio de ministros
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 22.12.2022
Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante anúncio de ministros

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está correndo contra o tempo para anunciar os 16 ministros que faltam até quarta-feira (28). Apesar do período corrido, o petista confessou para aliados sua chateação com o PDT . Ele admite que gostaria de ver o partido com o mesmo protagonismo que o PSB .

Pessoas próximas do futuro governante do Brasil contaram ao Portal iG que Lula tem muito carinho pelo PDT. Caso não fosse filiado ao PT, a sigla pedetista seria sua primeira opção, conforme já externou para amigos. Esse bom sentimento que nutre pela legenda se deve pela sua admiração por Leonel Brizola, que foi vice da sua chapa na eleição presidencial de 1998.

Lula desejou que Ciro Gomes desistisse da candidatura e o PDT embarcasse já no primeiro turno na campanha petista. Porém, o ex-governador do Ceará insistiu em continuar na disputa e colocou o PT como seu maior inimigo durante os debates. Não funcionou e ele ficou com apenas 3% dos votos.

No segundo turno,  os pedetistas decidiram apoiar Lula contra Jair Bolsonaro (PL). A legenda ainda confirmou, após a vitória do petista, que estaria na base governista. Porém, mesmo com a reaproximação, o PDT foi deixado de lado nas negociações e não conquistou nenhuma vaga nos ministérios de primeiro escalão.

Lula e seus auxiliares conversam com frequência com Carlos Lupi, presidente pedetista. Ele deixou claro que tem paciência e respeitará a hierarquia. Quem esteve com Lula desde o início ou possui maior bancada na Câmara deve ter a prioridade do futuro governo para negociar cargos.

O presidente eleito elogiou para aliados o comportamento de Lupi, mas não escondeu sua chateação por não poder dar o mesmo espaço ao PDT que possui o PSB.

Lula e o PDT

Essa chateação não é por acaso. Lula sempre relembra que o PDT foi um dos poucos partidos que se colocou na “trincheira” para defendê-lo durante a Operação Lava Jato. Ciro e seus colegas de sigla disseram várias vezes que o presidente eleito estava sendo perseguido pelo ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).

Nem mesmo o PSB se mostrou tão fiel entre 2014 e 2018 quanto o PDT, na visão de Lula. A maior preocupação do petista é que a relação entre os pedetistas e o PT nunca mais seja a mesma.

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