Invasão ao congresso nacional
Reprodução/Twitter
Invasão ao congresso nacional

A classe política brasileira está reagindo com veemência ao ato golpista e a invasão terrorista ocorrida em Brasília hoje (08) . Políticos de várias frentes já recolhem assinaturas para uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) feita pelo Congresso Nacional - Câmara e Senado - para investigar os atos terroristas. A tendência é que deve haver números suficiente de assinaturas em questão de dias.

À coluna, um assessor confirmou que há vários parlamentares encabeçando o projeto por várias frentes. A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) confirmou nas redes sociais que seus assessores já preparam o texto para pedir uma CPI. Além dela, deputados federais do PT e do PSB também conversam com outros parlamentares nos grupos de mensagens para buscar apoio.

"Já há perto do número suficiente de parlamentares confirmando que vão assinar o pedido", diz um assessor de um deputado do PT. "Os deputados querem dar uma resposta rápida à sociedade para mostrar que não irão admitir tentativa de golpe", explica. A CPI deve investigar não apenas os invasores, mas principalmente os financiadores e também a classe política e empresários que tenham apoiado os atos terroristas.

Como aconteceu nos EUA, a CPI não deve ter tempo determinado para terminar e o PT já defende ficar com a presidência da comissão. Nomes como o da deputada Maria do Rosário (PT-RS) vem sendo ventilados para assumir a função, mas há quem defenda que seria mais emblemático alguém como Guilherme Boulos (PSOL-SP). Mesmo assim, caso a CPI fique nas mãos do Senado, já há um acordo para que a base governista fique com a presidência.

Questionado se há alguém contra a formação da Comissão, a fonte ouvida pela coluna é clara. "Poucos deputados bolsonaristas tentam desarticular, mas eles estão sendo massacrados nos grupos". Nomes como os dos filhos de Jair Bolsonaro (PL), Eduardo e Flávio, até o momento não se manifestaram com colegas e optaram pelo silêncio, assim como Bia Kicis (PL), considerada uma das maiores apoiadoras do ex-presidente.

Nos corredores de Brasília fala-se que a CPI deve respingar em políticos e provavelmente até em Jair Bolsonaro. Há quem acredite, dentro da política, que o ex-presidente teria articulado a conivência da PM do Distrito Federal, embora ninguém confirme. De todo modo, a CPI deve avaliar quem está por trás dessa tentativa de golpe, conforme disse um deputado.

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