Marcelo Freixo assumiu como presidente da Embratur no Governo Lula
Reprodução/Instagram
Marcelo Freixo assumiu como presidente da Embratur no Governo Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu a primeira vítima do gabinete do ódio e divulgou os rumos que seus seguidores deverão atacar nos próximos dias: Marcelo Freixo (PT). O político voltou às redes sociais usando o mesmo conceito que o consagrou para orientar os bolsonaristas para atacar vítimas e divulgou em seu perfil ataques ao novo presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo).

Em seu perfil no Instagram, Bolsonaro compartilhou um post de Paulo Eduardo Martins (PL) com uma notícia sobre Freixo. "Novo presidente da Embratura, Freixo diz não estar constrangido com elo de ministra com milicitano: 'cabe a ela falar sobre' ", diz a notícia postada, em entrevista que o político deu ao jornal O Globo. Na legenda, Martins zombou da situação: "Tudo é amor".

Sem emitir opinião, o ex-presidente compartilhou a notícia em seus stories e marcou Paulo Martins. A coluna conversou com uma pessoa próxima ao presidente e confirmou que trata-se da estratégia do gabinete do ódio. "O Bolsonaro compartilha uma notícia e dispara para o gabinete de ódio agir, seja através de robôs ou mesmo de seus seguidores mais fieis", revela.

A intenção, segundo a fonte, é fazer com que a nomeação de Daniela do Waguinho (União Brasil) seja o assunto dos próximos dias no gabinete do ódio por conta da nomeação dela para ministra do Turismo. Mas Bolsonaro quer ir além e não pretende que ela seja a única atingida, mas vai tentar que seus seguidores tirem a credibilidade de Marcelo Freixo.

"Freixo se formou na política com base no combate à milícia, essa aproximação com a Daniela pode lhe custar caro se a oposição trabalhar", diz outro nome ligado a Bolsonaro. Fontes ouvidas pela reportagem deram a entender que o bolsonarismo não vai apenas compartilhar a notícia e criticar o deputado federal, mas fake news o ligando a milicianos deverão ser divulgadas nas próximas horas e dias.

Como a coluna antecipou, Lula não pretende demitir a ministra porque não enxerga ligação com a milícia e também porque há outros interesses políticos envolvendo o nome dela. Freixo também não se sente constrangido e busca o apoio dela e de Waguinho para 2026. Ele tem dito a aliados que nunca soube nenhuma informação que comprovasse uma ligação do casal com a milícia, além do apoio a candidatos envolvidos com o grupo criminoso.

"Freixo vai ser a primeira vítima do bolsonarismo na guerra contra o novo governo. Ele vai ter que enfrentar a fúria do gabinete do ódio", garante um deputado bolsonarista.

Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!