O apresentador José Luiz Datena protagonizou um embate acalorado com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), durante uma entrevista transmitida ao vivo pela Rede Bandeirantes nessa segunda-feira (27).
O embate ocorreu no contexto de questionamentos sobre a greve unificada de funcionários do Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Ao ser perguntado por Datena, que se mostrou favorável à greve, Ricardo Nunes ficou irritado.
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"Depois não fala que eu não dei oportunidade, por isso estou te dando oportunidade [para comentar sobre a greve]", afirmou o apresentador. "O Joel [filho do Datena] é mais legal comigo do que você, mas não tem problema, não. Ele é mais legal que você", provocou Nunes.
A tensão atingiu seu ápice quando Datena rebateu: “Na sua opinião. Eu acho que seu filho é melhor que você. Eu acho que sua mulher é melhor que você”. A paralisação parcial dos metroviários tem como foco manifestar-se contra privatizações e terceirizações, temas que têm sido debatidos sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) frente ao governo do Estado de São Paulo.
Entenda a greve no Metrô e CPTM
A paralisação tem como objetivo protestar contra o plano de privatização de estatais conduzido pela gestão de Tarcísio. O governo de São Paulo decretou ponto facultativo nesta terça.
A greve afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho), do Metrô, e 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM. As linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda seguem funcionando (as linhas concedidas do metrô e trens). Os grevistas preveem um ato em frente à Secretaria Municipal da Educação às 13hs. De lá, partirão às 16hs para um ato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Nessa segunda-feira (27), o governador Tarcísio entrou na Justiça com um pedido de tutela antecipada para obter uma liminar contrária à greve dos funcionários. Segundo decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), o Metrô de São Paulo deve manter o funcionamento mínimo de 80% dos serviços nos horários de pico (6h às 9h e 16h às 18h). Os funcionários, no entanto, mantiveram a paralisação.