Adriana Ancelmo
Reprodução/ Fernando Frazão/Agência Brasil
Adriana Ancelmo

Conhecida por sua atuação na elite jurídica e por seu papel como primeira-dama do Rio de Janeiro durante o governo de Sérgio Cabral (2007–2014), Adriana Ancelmo  foi protagonista foi protagonista de um dos casos mais emblemáticos de prisão domiciliar .

Alvo da  Operação Lava Jato  junto com seu então marido, Adriana foi condenada a mais de 18 anos de reclusão .

Ela responde pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Calicute, um desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga desvio de recursos públicos em obras realizadas pelo governo fluminense com empreiteiras.

Na sentença proferida pelo juiz Marcelo Bretas - que, 8 anos depois, foi  aposentado compulsioramente pelo Conselho Nacional de Justiça -, Cabral foi apontado como o chefe da organização criminosa. Já Adriana Ancelmo, que foi presa em dezembro de 2016, seria cúmplice.

Adriana chegou a cumprir pena no Complexo Penitenciário de Bangu, pouco após a detenção de Cabral, mas, em 2017, obteve autorização para cumprir prisão domiciliar. 

A decisão considerou, entre outros fatores, o fato dela ser mãe de filhos menores de idade (um com 11 e outro com 14 anos de idade à época) e que eles não deveriam ficar privados da convivência com os pais.



Contudo, o Ministério Público Federal alegou, em um novo pedido de restabelecimento da prisão preventiva, que a autorização para ela cumprir prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon, bairro nobre da zona sul do Rio, representa uma “enorme quebra de isonomia” num universo de milhares de mães presas no sistema penitenciário sem igual benefício.

Dessa forma, a medida foi revogada e ela voltou ao regime fechado, sendo transferida para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde também se encontrava Cabral e outros políticos do Rio de Janeiro. 

Segundo a Agência Brasil, semanas depois, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, trocou a prisão preventiva da ex-primeira dama pelo regime de prisão domiciliar .

Em 2018, o juiz Marcelo Bretas decidiu novamente alterar as condições da pena . Adriana teve a prisão domiciliar revogada e passou a cumprir medidas restritivas com uso de tornozeleira eletrônica, devendo permanecer em casa das 20h às 6h, além de tempo integral nos fins de semana e feriados.


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