Moradores da baixada Fluminense perderam tudo com chuvas
Reprodução/Twitter
Moradores da baixada Fluminense perderam tudo com chuvas

A manhã deste domingo está sendo de muito trabalho na tentativa de recomeço para moradores da Baixada Fluminense que tiveram suas casas atingidas pelas fortes chuvas  entre sexta-feira e sábado. Ao retornarem para suas casas, muitos constaram que perderam tudo tinham. Em regiões como o Caioaba, em Nova Iguaçu, ao lado do Rio Botas, a água chegou quase no teto de diversas residências.

As enchentes provocadas pelo transbordamento no Rio Botas não são novidades para quem vive na região, porém os moradores do Caioaba relatam que nunca viram a água subir tanto, cobrindo casas. A empregada doméstica Patrícia de Cássia Domingos Miranda perdeu tudo o que tinha em casa e dois cachorros morreram.

“Minha família vive aqui há mais de  50 anos e nunca deu uma enchente como essa. O máximo que a água chegava era um metro de altura, mas dessa vez superou. Cobriu o primeiro andar todo, onde eu Moro. Nos abrigamos na casa do meu irmão, no segundo andar, mas não conseguimos salvar nada da nossa casa e ainda perdemos nossos cachorros. O carro do meu irmão também ficou embaixo d'água. A água subiu muito rápido, em menos de uma hora. Não deu tempo de subir com nada. Isso é resultado do abandono. O rio não tem manutenção, não tem sido feita dragagem, a rua não tem galeria de esgoto. Pagamos IPTU direito e não temos nada. Entra governo e sai governo e não fazem nada”,  lamentou a moradora, indignada com a situação.

A corretora de seguros Ana Fraga Medeiros também perdeu tudo que tinha casa:

“Moro aqui há dois anos e nunca vi isso. Em março de 2020 e abril do ano passado entrou água, mas no máximo 30 centímetros. Dessa vez foi muito pior. Perdi tudo, móveis, eletrodomésticos, computador, documentos dos meus clientes. Não sei nem por onde começar”,  disse.


Morador da Rua João Pavani, também no Caioaba, ao lado do Rio Botas, o motorista de caminhão Maurício Melo de Moura olhava desolado seus móveis na rua.

“Foi a pior enchente que já vi. Moro há cinco anos aqui com minha esposa e dois filhos. Estava em casa quando começou a chuva, mas não deu tempo de pegar nada. Só pegamos as crianças e corremos para a casa de um vizinho que tem dois andares. Foi muito rapido. A água chegou quase no teto. É uma sensação horrível. Estou perdido, não sei por onde começar. Essa casa alugada, vou ter que procurar outro lugar para recomeçar. Só não sei como. Não temos mais nada, gadeira, fogão, móveis, roupas, nada. Amanhã tenho que voltar a trabalhar porque não posso faltar.”

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