Imagem de massacre em Bucha, na Ucrânia
Reprodução/Twitter - 03.04.2022
Imagem de massacre em Bucha, na Ucrânia

O governo da Ucrânia denunciou neste domingo (3) um "massacre deliberado" de civis na cidade de Bucha, próxima à capital Kiev, área que havia sido ocupada pelo exército russo. As informações são da AFP.

Junto às denúncias, circularam fotos de corpos com roupas de civis nas ruas, o que fez com que autoridades dos Estados Unidos e da Europa condenassem as mortes como crimes de guerra, solicitando investigações internacionais.

Repórteres da AFP viram 20 corpos com trajes de civis nas ruas de Bucha - um deles tinha as mãos amarradas nas costas. Nos últimos dias, as tropas russas se retiraram da região. "Civis estavam sendo executados arbitrariamente, alguns com as mãos amarradas nas costas", escreveu o Ministério da Defesa da Ucrânia em uma publicação no Twitter.

"Todas essas pessoas foram baleadas.  Estas são as consequências da ocupação russa", disse o prefeito de Bucha, Anatoly Fedoruk, à AFP. Ele afirmou que, ao todo, cerca de 300 moradores da cidade foram mortos durante a ocupação russa.

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Através do Twitter, o conselheiro sênior da Presidência da Ucrânia, Mikhailo Podolyak, publicou fotos da região. "O inferno do século XXI. Os corpos de homens e mulheres que morreram com as mãos amarradas. Os piores crimes do nazismo estão de volta à Europa. Isso foi feito deliberadamente pela Rússia", escreveu ele.

Em outra publicação, ele chamou as ações dos russos de "genocídio planejado".

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu ao G7 que imponha novas sanções "devastadoras" à Rússia. "Ainda estamos reunindo e procurando corpos, mas o número já chegou às centenas. Há cadáveres nas ruas (de Bucha). Eles mataram civis enquanto estavam lá e quando estavam deixando as aldeias e cidades", disse o ministro no Twitter.

O Ministério da Defesa da Rússia negou o assassinato de civis em Bucha. "Durante o tempo em que esta localidade esteve sob controle das Forças Armadas russas nenhum morador sofreu ações violentas", diz comunicado do ministério, que acrescenta que as imagens divulgadas são "outra produção do regime de Kiev para os meios de comunicação ocidentais".

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