
Daniel Cravinhos, condenado por participar do assassinato dos pais de Suzane von Richthofen em 2002, afirmou ter mantido amizade com Lindemberg Alves, autor da morte da jovem Eloá Pimentel em 2008. A revelação foi feita em um vídeo publicado por sua esposa, a biomédica Carolina Andrade, nas redes sociais.
No registro, Cravinhos conta que conheceu Lindemberg durante o período em que esteve preso no presídio de Tremembé, em São Paulo, e que o considerava um homem “gente boa”. Segundo ele, os dois jogavam futebol juntos dentro da unidade prisional.
“Era um cara tranquilo, parceiro de jogo”, disse Daniel, que cumpre pena de 39 anos e 6 meses, atualmente em regime aberto.
Desde 2018, ele adotou o nome profissional de Daniel Silva e trabalha com customização de motocicletas. Em seu perfil no Instagram, onde soma mais de 80 mil seguidores, costuma publicar fotos com a esposa e mostrar a rotina fora da prisão.
O caso Eloá
O nome de Lindemberg Alves ficou conhecido em 2008, após o sequestro e assassinato da adolescente Eloá Pimentel, então com 15 anos. O crime, transmitido ao vivo por emissoras de televisão, chocou o país pela longa negociação policial e pela brutalidade do desfecho.
Lindemberg manteve Eloá e a amiga Nayara reféns por cerca de 100 horas em um apartamento em Santo André (SP). A jovem foi morta com um tiro na cabeça durante a invasão da Polícia Militar ao local. Nayara foi baleada, mas sobreviveu.
Condenado a 98 anos e 10 meses de prisão, Lindemberg segue cumprindo pena pelo crime que marcou a história policial brasileira e expôs falhas na condução das negociações do caso.
Cravinhos, por sua vez, tenta reconstruir a vida após o envolvimento em um dos assassinatos mais emblemáticos do país, o dos Richthofen, e agora volta a repercutir por suas declarações sobre outro caso que chocou o Brasil.