
O governo brasileiro, através da Advocacia-Geral da União (AGU), informou que vai cumprir voluntariamente o pedido de nova autópsia no corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu ao escalar um vulcão na Indonésia, no dia 21 de junho.
A decisão foi comunicada nesta segunda-feira (30) à 7ª Vara Federal de Niterói, após pedido da Defensoria Pública da União (DPU). A previsão é que o corpo chegue ao Brasil nesta terça (1º) e o exame seja feito logo em seguida.
Pedido da família
Uma audiência de urgência da AGU com a DPU e o estado do Rio de Janeiro será feita às 15h desta terça, para definir a forma mais adequada de atender ao desejo da família.
Segundo a DPU, o exame necroscópico deve ser feito em até seis horas após o desembarque, para preservar possíveis evidências sobre a causa da morte. A decisão de atender com urgência todos os pedidos da família de Juliana foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Dúvidas sobre a autópsia na Indonésia
Até o momento, o corpo da jovem de 26 anos foi analisado apenas pelos legistas na Indonésia, no último dia 26. Os médicos locais concluíram que a morte ocorreu após um trauma contundente gerado por uma queda. Juliana teria morrido 20 minutos depois.
A certidão de óbito emitida não esclareceu o momento da morte após queda em trilha do vulcão Rinjani, levando a DPU a fazer o pedido da nova autópsia.
Imagens de drones feitas por turistas levantam a hipótese de que Juliana tenha sobrevivido ao acidente e aguardado por dias até o resgate.
Causas da morte
A principal controvérsia envolvendo a morte de Juliana Marins está na possível omissão de socorro pelas autoridades da Indonésia, o que pode levar a responsabilizações civis e criminais.
Após comoção internacional, o corpo da jovem foi retirado das proximidades do vulcão Rinjani no último dia 24. A primeira autópsia foi realizada dois dias depois, na quinta-feira (26), em um hospital na ilha de Bali.
A expectativa agora é que uma nova autópsia, realizada no Brasil, ajude a esclarecer de forma definitiva as causas e o momento da morte da jovem.