Começa nesta segunda-feira (20) a cúpula principal do G20 no Rio de Janeiro , na qual os líderes das principais economias do mundo, que concentram 85% do PIB ( Produto Interno Bruto ) global, discutirão diretrizes sobre clima, economia e políticas sociais.
Sob a coordenação do Brasil, o evento tem como temas principais o combate à fome, a mudança climática e a reforma de organizações internacionais, como a ONU. Uma das prioridades brasileiras é a Aliança Global contra a Fome, lançada nesta segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a adesão de mais de 81 países para promover políticas de transferência de renda.
Com segurança reforçada, o evento terá plenárias e reuniões bilaterais durante hoje e terça-feira. É possível acompanhar o evento no link ao final da matéria.
Alguns dos presidentes, como Joe Biden, dos Estados Unidos, chegaram ainda no domingo (17) para agendas particulares.
O que é o G20
O G20, grupo que reúne as principais economias mundiais, conta com a participação de 19 países, além da União Europeia e da União Africana. Também são esperados representantes de 55 países e organizações internacionais. Durante os dois dias de evento, os líderes discutirão temas cruciais, como a pobreza, as instituições globais e as mudanças climáticas.
A primeira reunião ocorre nesta manhã, com foco no combate à pobreza. . À tarde, às 14h30, será realizada uma segunda reunião sobre a reforma das instituições globais, com destaque para a ONU. No final do dia, às 18h, o presidente Lula recepcionará os líderes estrangeiros para um evento oficial.
Na terça-feira (18), pela manhã, o tema principal será a transição energética e as mudanças climáticas, com uma reunião destinada a discutir ações globais para mitigar os impactos ambientais. Após essa reunião, haverá uma cerimônia de encerramento, marcando a transmissão simbólica da presidência do G20 para a África do Sul.
Ao final da cúpula, será divulgada uma declaração conjunta dos líderes, com diretrizes, posicionamentos e medidas que terão impacto nas políticas globais. Entre os temas discutidos estará a Guerra da Ucrânia, com divergências sobre a maneira de abordar o conflito, além do debate sobre o conflito Israel-Hamas. Alguns países defendem que a declaração final inclua críticas aos excessos de Israel na invasão de Gaza.
Um dos pontos que o Brasil deseja incluir na declaração final é a proposta de uma taxação de super-ricos. A ideia é criar um imposto global de 2% sobre o patrimônio de 3 mil super-ricos, com um potencial de arrecadação de US$ 250 bilhões por ano.