Gusttavo Lima e Deolane Bezerra estão entre os investigados que tiveram bens apreendidos
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Gusttavo Lima e Deolane Bezerra estão entre os investigados que tiveram bens apreendidos


A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, decidiu manter nesta quarta-feira (9) o bloqueio de bens de investigados na Operação Integration, entre eles o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora digital Deolane Bezerra.

A decisão foi tomada após a análise de pedidos de desbloqueio apresentados pelas defesas dos envolvidos. A magistrada também negou a solicitação de viagem para Brasília feita pelos sócios da empresa de jogos Vai de Bet.

O bloqueio de bens e o sequestro de valores foram mantidos, apesar da revogação de outras medidas cautelares, como a suspensão de passaporte e porte de arma de fogo, determinadas pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão.

A juíza Andréa justificou a manutenção das restrições patrimoniais afirmando que as razões que sustentaram a decisão original continuam válidas.

“Os fundamentos que embasaram a decisão original continuam inalterados e, portanto, vigentes, justificando a necessidade da manutenção das restrições patrimoniais. A gravidade das circunstâncias que levaram à adoção dessas medidas ainda se faz presente, assegurando a proteção dos interesses da Justiça”, afirmou na decisão.

Além de Gusttavo Lima e Deolane Bezerra, outros citados no processo incluem Carlos Alberto Coelho Rocha, Maria Bernadette Pedrosa Campos e o Jockey Clube Cearense.

O clube é alvo de investigações por receber depósitos sem justificativa aparente, incluindo uma transferência de R$ 200 mil de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma Esportes da Sorte, também investigada na operação.

Em um dos pedidos aceitos, a magistrada autorizou a devolução de valores bloqueados da aposentadoria de Maria Bernadette Pedrosa Campos, após a apresentação de documentos que comprovaram que o valor foi indevidamente retido.

Contudo, o pedido dos sócios da Vai de Bet, José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henrique Rocha, para viajar a Brasília foi negado.

A juíza considerou que a justificativa para a viagem não foi apresentada com antecedência suficiente e ressaltou que as comunicações podem ser realizadas virtualmente com os advogados.

A juíza Andréa Calado também comentou sobre o grande volume de petições apresentadas pelas defesas dos investigados, destacando a necessidade de organização processual.

Ela orientou que aqueles que não são mais sócios dos investigados, mas tiveram bens bloqueados, devem apresentar petições separadas para solicitar o desbloqueio.

“Aqueles que verem valores bloqueados devem apresentar embargo de terceiro em autos separados, incluindo o quadro societário atual. É necessário comprovar que os indiciados não fazem parte e nunca fizeram parte desse quadro. Além da documentação habitual da pessoa jurídica, o embargo deve incluir um termo de compromisso do sócio majoritário, afirmando, sob as penas da lei, que nenhum indiciado integra direta ou indiretamente o quadro societário”, declarou.


Operação

A Operação Integration, deflagrada em setembro de 2023, tem como foco a investigação de crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Gusttavo Lima e Deolane Bezerra estão entre os investigados que tiveram bens apreendidos e prisão preventiva decretada, embora tenham obtido revogação dessas medidas em momentos posteriores.

A operação já resultou em diversas prisões e na apreensão de bens.

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