Terreno pertencente ao cantor Leonardo
O alojamento onde os funcionários dormiam era sem banheiros e com camas improvisadas. Leonardo foi incluído na "lista suja" do ministério.
Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) descreveram alojamentos como "precários"
O alojamento onde os funcionários dormiam era sem banheiros e com camas improvisadas. Leonardo foi incluído na "lista suja" do ministério.
Entre os resgatadas na fazenda em Jussara, no noroeste de Goiás, estava um adolescente de 17 anos. Ao todo, 18 pessoas trabalhavam na propriedade.
Os seis funcionários trabalhavam em uma casa abandonada, a 2km da sede Fazenda Lakana. De acordo com os fiscais, o local era feita de alvenaria, coberto com telhas de barro em uma estrutura de madeira com forro de PVC.
O trabalhadores trabalhavam em uma fazenda arrendada, quando o proprietário cede local para uso em uma espécie de aluguel. O MTE explicou que Leonardo foi responsabilizado porque os funcionários prestavam serviço para ele, mesmo que indiretamente.
O banheiro do local estava totalmente inoperante, sem água e com fezes de morcegos acumulados, além de insetos. Os trabalhadores usavam árvores próximas para fazer suas necessidades.
Como não havia chuveiros ou outro local para banho, os resgatados improvisavam uma mangueira amarrada à uma estrutura de madeira. O disjuntor que a ligava dava choques. Além de tomar banho, eles lavavam suas roupas ali.
A única água disponível era captada de um poço, que não tinha manutenção. A tampa quebrada deixava a água exposta para qualquer contaminação externa.
A defesa de Leonardo informou que "estão sendo tomadas as medidas necessárias para remover o nome de Leonardo da lista mencionada". O Ministério do Trabalho e Emprego explicou que a ‘lista suja’ é atualizada semestralmente e visa dar transparência aos atos administrativos decorrentes das ações fiscais de combate ao trabalho análogo à escravidão.
No dia em que seu nome foi incluído na lista, Leonardo publicou um vídeo nas redes sociais onde afirma que "jamais faria isso". “Surgiu um funcionário lá nessa fazenda que eu arrendei, que eu não conheço, nunca vi falar, nunca vi, e de repente eu fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho, e foi lavrada uma multa pra mim, pra mim que sou o proprietário da fazenda”, afirmou.