A fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento do presídio de segurança máxima, em Mossoró (RN), na manhã desta quarta-feira (14 ) vai mobilizar ao menos 100 agentes federais, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Esta foi a primeira vez na história do país que presidiários escapam de uma unidade de segurança máxima.
Em um comunicado emitido na noite desta quarta-feira (14), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que além dos agentes de segurança, o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, estará no RN para a “apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo”, segundo a nota.
Lewandowski também informou que as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que reúnem agentes federais e estaduais, trabalham para localizar e prender os foragidos.
Segundo o comunicado [veja abaixo na íntegra] , os nomes dos fugitivos também foram incluídos no Sistema Difusão Laranja, da Interpol, que tem por objetivo alertar autoridades de outros países sobre os riscos iminentes à segurança pública e no Sistema de Proteção de Fronteiras, o que indica que as polícias de outros países possam procurar pelos criminosos.
O ministério também destacou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi alertada para realizar o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e qie fosse realizada “uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais”, finalizou o comunicado.
Quem são os foragidos
Rogério da Silva Mendonça, o Querubin, tem 35 anos e na penitenciária desde setembro de 2023. Natural de Rio Branco, no Acre, ele foi transferido para o Rio Grande do Norte após uma rebelião no Presídio Antônio Amaro Alves, na capital acreana, em julho de 2023.
Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu, também nasceu em Brasileia (AC). Tem 33 anos e também estava no presídio de segurança máxima de Mossoró desde 2023. Foi transferido de Rio Branco no mesmo grupo de Rogério, após tramarem Na rebelião Presídio Antônio Amaro Alves em julho do ano passado.
Nota completa do Ministério da Justiça
1. Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.
2. Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
3. Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
4. Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional;
5. Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e dê suporte à recaptura dos presos.
6. Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.