Renato Cariani
Reprodução: Redes Sociais
Renato Cariani

O delegado da Polícia Federal, Fabrizio Galli, que está responsável pelo caso do influenciador fitness, Renato Cariani , afirmou em entrevista nesta terça-feira (12) que os sócios da empresa tinha "conhecimento pleno" do desvio de produtos químicos para a fabricação de crack. A informação foi dada em uma entrevista ao canal GloboNews.

Na fala, o delegado afirmou: "Os sócios tinham conhecimento pleno do desvio de produtos químicos. Há diversas informações bem robustas nas investigações que determinam a participação de todos eles de maneira consciente. Não há uma 'cegueira deliberada' em relação a outros funcionários. Eles tinham conhecimento daquilo que estava acontecendo dentro da empresa".

Segundo o delegado, a investigação mostra que as drogas que estavam sendo produzidas tinha como destino os estados da região Sudeste, mas especificamente Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

Nesta terça-feira, o influencer foi notificado sobre as investigações e deverá se apresentar à PF para esclarecer a situação. "Todos os envolvidos e que sofreram busca e apreensão hoje serão ouvidos na PF. O material apreendido será analisado, e vamos solicitar as próximas medidas ao Judiciário assim que tivermos as informações feitas", disse o delegado na entrevista.

O influencer chegou a comentar sobre a investigação , se dizendo "surpreso" com a situação. "Para mim, para a minha sócia e para todas as pessoas, foi uma surpresa", disse Cariani em um vídeo publicado no Instagram.

O esquema, segundo a PF, fazia a emissão falsa de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo. Dessa maneira, eles utilizariam "laranjas" para fazer os depósitos em espécie, trabalhando como se fossem funcionários de grandes multinacionais.

A empresa que Cariani é sócio, a Anidrol, foi o alvo da operação, que efetuou uma busca e apreensão nesta terça-feira. A empresa, que é uma indústria farmacêutica, possui sede em Diadema, em São Paulo.

Ao todo, a PF localizou 60 transações dissimuladas, que estariam vinculadas à atuação do grupo criminoso. Estimasse que 12 toneladas de produtos químicos para a fabricação de entorpecentes (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), além de  mais de 19 toneladas de cocaína e crack, estariam vinculadas a essas transações.






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