Um levantamento publicado hoje (12) pelo Ipec/Tv Globo revela que os brasileiros estão divididos não apenas entre os candidatos da polarização - Lula vs. Bolsonaro, como a população também diverge entre opiniões polêmicas como a pena de morte, a prisão perpétua e a redução da maioridade penal .
Entre os entrevistados, 42% disseram ser a favor de pena de morte como punição para criminosos. Do outro lado, 49% se posicionaram contrários à medida.
A Pesquisa foi feita pelo Ipec com parceria da TV Globo e revelou que que a maior parte da população com mais de 16 anos defende a prisão perpétua para crimes hediondos .
Também há apoio majoritário à redução da maioridade penal , hoje fixada em 18 anos. Quase metade dos brasileiros se posiciona favorável a mudança na lei penal com a inclusão da pena de morte no país .
Bolsonaristas
As três pautas mais polêmicas, pena de morte, prisão perpétua e redução da maioridade penal são apoiadas por um maior número de pessoas que se encontram na parcela dos entrevistados que avaliam o governo de Jair Bolsonaro (PL) de forma positiva .
Entre aqueles que consideram a gestão de Bolsonaro boa ou ótima, 50% apoiam a pena da morte . Entre aqueles que veem o atual governo como ruim ou péssimo, 55% são contra a punição.
Prisão perpétua
No total dos entrevistados, 73% apoiam regime de reclusão sem possibilidade de saída . Essa porcentagem sobe para 78% entre os entrevistados aprovam a gestão do atual presidente .
Apenas 20% dos eleitores entrevistados pelo Ipec se posicionaram contra prisão perpétua para quem comete crime hediondo. São considerados hediondos, os crimes como latrocínio, estupro, tráfico de drogas, tortura e terrorismo.
A redução da maioridade penal também tem grande adesão entre os brasileiros com idade para votar, 66% são a favor da mudança, enquanto que outros 27% são contra. Essa adesão é ainda maior entre os votantes que apoiam a gestão de Jair Bolsonaro (PL), 74% são favoráveis a redução da maioridade penal.
O Ipec foi contratado nessa pesquisa pela TV Globo e entrevistou 2.512 eleitores entre 9 e 11 de setembro. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos, para um intervalo de confiança de 95%. O estudo está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01390/2022.
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