Suspeito de matar uma mulher grávida com 37 facadas e também a filha dela, Jeferson Barbosa dos Santos, de 26 anos, foi indiciado e teve a prisão preventiva decretada, informou o delegado Thiago Peralva, responsável pela investigação, nesta terça-feira. Ele, que era amigo do serial killer Lázaro Barbosa, morto pela polícia após uma caçada de 20 dias , responde por homicídio qualificado duas vezes, aborto e ocultação de cadáver.
Shirlene Ferreira da Silva, de 48 anos, grávida de quatro meses, e Tauane Rebeca da Silva, de 14, foram mortas num córrego em Sol Nascente, no DF, o mesmo onde Lázaro matou Cleonice Marques, em junho de 2021. As duas foram vistas indo para o local em 9 de dezembro do ano passado. O caso, agora, é considerado concluído.
"Além dos indícios que a investigação já havia apurado, os três interrogatórios mentirosos do investigado Jeferson Barbosa culminaram no seu indiciamento como autor dos crimes", afirmou o delegado.
Em um de seus interrogatórios, Santos chegou a dizer que havia sido rendido junto com as vítimas por um homem armado e obrigado a caminhar pelo matagal com com Shirlene e Tauane. Ele ainda apontou um amigo, que lhe devia R$ 450, como principal suspeito do crime.
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Santos afirmou ter sido esfaqueado no braço — a polícia descobriu mais tarde que o ferimento foi fruto de uma luta corporal com Shirlene — e que conseguiu fugir. E enquanto corria, segundo a versão do suspeito, disse ter ouvido um disparo. Nos corpos de mãe e filha, porém, não havia marcas de tiro, apenas de facadas. O suspeito afirmou ainda que ligou para a Polícia Civil para denunciar o ocorrido. Os investigadores, no entanto, não encontraram registro dessas ligações.
"Não há denúncias nos dias citados por Jeferson, dias 12 e 13 de dezembro", disse o delegado.
De acordo com Peralva, o amigo de Santos, um homem de 40 anos, tinha um mandado de prisão preventiva e foi preso. Ele estava ameaçando testemunhas e responderá pelo crime de coação no curso do processo, disse Peralva.
A prisão de Jeferson ocorreu na cidade Luís Eduardo Magalhães no dia 9 de fevereiro. O suspeito foi localizado em um posto de gasolina às margens da Rodovia BR-020. Durante o interrogatório, Santos caiu em contradição. Mas ele confirmou que estava no local do crime no dia dos assassinatos.
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