A Secretaria de Transportes de São Paulo e a SPTrans apresentaram nesta quarta-feira (22/12) que a tarifa de ônibus deveria ser reajustada para, no mínimo, R$ 5,10 com objetivo de corrigir a inflação dos dois últimos anos. A proposta ainda será enviada para o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Atualmente, a tarifa custa R$ 4,40.
Em nota, a Prefeitura afirmou que os dados apresentados na reunião extraordinária do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte "serão encaminhados ao gabinete do prefeito". Ele "analisará os números em conjunto com as secretarias de Governo e da Fazenda, para posterior tomada de decisão".
O aumento foi calculado com base na inflação (IPCA) , chegando em um valor de R$ 5,08, que poderia ser arredondado para mais ou menos. A empresa, controlada pela Prefeitura, afirmou que o custo total por passageiro é de R$ 8,71, divididos entre R$ 7,96 para operação (frota, mão de obra, combustível e outros) e R$ 0,74 em infraestrutura (terminais de ônibus, por exemplo).
De acordo com o estudo apresentado pela SPTrans, a cada R$ 0,10 na tarifa básica, a receita tarifária aumenta R$ 104 milhões nos primeiros 12 meses.
O último reajuste da tarifa foi em janeiro de 2020, quando passou de R$ 4,30 para R$ 4,40. No ano seguinte, não houve aumento, porém foi determinado o fim da gratuidade para idosos de 60 a 64 anos.
A decisão final sobre reajuste costuma envolver também o Estado, pois geralmente há uma padronização com o valor da passagem do Metrô e da CPTM.
Se o valor de R$ 5,10 for aprovado pelo prefeito, significa que cerca de R$ 728 milhões devem entrar nos cofres do sistema de ônibus em 12 meses, diminuindo a necessidade de subsídio do Tesouro Municipal, que neste ano deve chegar a R$ 3,3 bilhões, segundo a própria SPTrans.
A capital tem até o próximo dia 25 para finalizar os estudos de custos e decidir se vai aumentar o valor das passagens.