A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagram na manhã desta quinta-feira a segunda fase da Operação Kryptos, contra um esquema ilegal de bitcoins com suspeita de pirâmide em cidades da Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro.
A ação é um desdobramento de uma força-tarefa que em agosto prendeu o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, apontado como chefe da organização criminosa. Ele é dono da GAS Consultoria — empresa que promete lucros acima do normal para seus investigadores.
Nesta etapa, policiais e auditores fiscais cumprem dois mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão no Rio contra pessoas ligadas a Glaidson e a GAS. Uma das equipes foi para o Edifício Mandarim, no Condomínio Península, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Lá eles só encontraram documentos. Nem a Receita e nem a PF informaram quem são os alvos. Até o momento, ninguém foi preso.
Os mandados foram expedidos pelo juiz da 3ª Vara Criminal Federal, Vitor Barbosa Valpuesta.
Operação Kryptos
Glaidson foi preso em casa, em num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, em 25 de agosto. À ocasião, agentes apreenderam na mansão mais de R$ 15 milhões em dinheiro vivo. Além de 591 bitcoins, o que equivale a mais de R$ 150 milhões de reais.
De acordo com os investigadores, Glaidson movimentou mais de R$ 38 bilhões em seis anos em um esquema de pirâmide disfarçado de investimentos em criptomoedas, como bitcoins. Para atrair clientes, a GAS prometia retorno mensal de 10% sobre o valor investido.
As investigações da Polícia Federal apontam a suspeita de crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa e lavagem de dinheiro.