Guilherme Brito usou as redes sociais, nesta quinta-feira, para fazer um apelo emocionado por informações que ajudem os bombeiros e a polícia a encontrar sua mãe, Cristiane Nogueira da Silva, de 48 anos, e o ex-companheiro dela Leonardo Machado de Andrade, de 50. Os dois estão desaparecidos desde domingo. O casal viveu junto por dois anos e estava separado por um período igual, mas ensaiava uma reconciliação. Eles passaram o fim semana na Ilha Grande, em Angra dos Reis.
Por volta das 16h30 deste domingo, os dois foram vistos pela última vez ao sair em um barco, pilotado por Leonardo, para irem ver o pôr do sol na localidade conhecida como Lagoa Verde, na Baía de Angra. Em uma rede social, Guilherme disse que recebeu mensagem falando sobre um pedido de ajuda que alguém teria feito no domingo, mas em horário diferente ao que o casal foi visto pela última vez.
"Recebi uma imagem de alguém em Mangaratiba que teria pedido de ajuda, no domingo. A questão do horário não bater muito, mas é uma das opções. Não estamos descartando nada. Peço que ajudem da forma que puderem. Compartilhando a foto dela ( da mãe e de Leonardo), a imagem dele, de perguntar se alguém de Angra, se conhece alguém de Angra, de Paraty. Qualquer ajuda é muito bem vinda. Qualquer notícia relevante pode mandar pra mim. Estamos olhando tudo", disse Guilherme, visivelmente emocionado.
Nesta quinta-feira, bombeiros de Sepetiba, Paraty, Angra dos Reis, Sepetiba e Mambucaba estão fazendo buscas por ilhas da Baía de Angra do Reis e pelo mar, para tentar localizar o casal desaparecido ou a embarcação que era usada por eles. A ação conta com o uso de motos aquáticas e barcos.
Cristiane Nogueira da Silva e Leonardo Machado de Andrade viveram juntos por dois anos e estavam separados por igual período. Na semana passada combinaram de passar um fim de semana juntos em Angra dos Reis. O casal que estava ensaiando uma reconciliação estava hospedado numa casa alugada por Leonardo na Praia da Longa, na Ilha Grande, onde ele agora reside. No fim da tarde de domingo dos dois resolveram sair de barco para ver o pôr do sol de uma ilha próxima e avisaram que não demorariam. Desde então não deram mais notíciais.
Nesta quarta-feira, bombeiros das unidades de busca de Angra dos Reis, Mambucaia, Sepetiba e Ilha Grande, auxiliados por embarcações e por homens com jets ski vasculharam o mar, mas não encontraram vestígios do casal desaparecido nem da embarcação usada pelas vítimas. Desde o último domingo, Guilherme Brito aguarda notícias sobre o paradeiro da mãe. Ela e o Leonardo Machado de Andrade saíram para um passeio em Angra dos Reis, por volta das 16h30 do dia 22 e não foram mais vistos. Sem retorno para as mensagens e as ligações, Guilherme foi até a casa de Leonardo, onde os dois estavam para tentar uma reconciliação e encontrou o celular de Cristiane no imóvel
Também nesta quarta-feira, Guilherme compartilhou nas redes sociais as últimas mensagens enviadas para a mãe. Às 12h35 ele pergunta: "Está bem?". Quatro horas depois, ainda sem resposta diz: "Quando puder responde". Ainda sem retorno, duas horas depois escreve: "Estou indo te buscar".
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"Com certeza ela está incomunicável, ontem (segunda-feira) ainda achei o celular dela dentro da bolsa, com todas as coisas. Ela me manda bom dia às 6h, 7h da manhã, aquele bom dia de mãe. Não é só comigo, mas com minha irmã, minha tia, minha avó. Pergunta se estamos bem, o que estamos fazendo, como estão as coisas. Ela está sempre em comunicação com todos", conta Guilherme.
"Tem alguma coisa estranha. Estão todos aguardando notícias. Só quero minha mãe de volta, saber que estão bem, entender que está tudo bem. Só quero ter boas notícias", completou.
As buscas tiveram início ainda no domingo, quando um funcionário de Leonardo começou a perguntar a conhecidos se tinham alguma informação sobre o casal. O delegado Vilson de Almeida Silva disse que diferentes órgãos participam de uma varredura na região à procura da embarcação. Ele acredita que ao conseguir localizar o barco, possivelmente encontrará o casal ou terá pistas sobre o paradeiro.
"A gente pediu auxílio à Capitania dos Portos, pedimos auxílio à Defesa Civil, Polícia Federal, à Secretaria municipal de Angra, Secretaria da Ilha Grande para poder tentar localizar a embarcação para tentar chegar neles e ver o que aconteceu", conta o delegado. "Está tudo muito vago. A gente não descarta nenhuma linha de investigação. O barco pode ter afundado, tem uma história deles de relacionamento, eles podem estar vivendo um momento de amor em algum lugar. Sem encontrar o barco é difícil definir o que aconteceu. Mas, realmente, a gente não descarta nenhuma possibilidade", disse o delegado.