Presidente Jair Bolsonaro
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Presidente Jair Bolsonaro



O professor de direito eleitoral e advogado Renato Ribeiro de Almeida tenta barrar o desfile militar prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para esta terça-feira (10) . Ele é o advogado da ação popular promovida pela deputada federal Tábata Amaral e pelo senador Alessandro Vieira, que se insurgiram contra o evento.

De acordo com o advogado, o desfile de tanques de guerra e lança-mísseis em frente ao Palácio do Planalto, anunciado pelo presidente da República, é algo típico de nações autoritárias, como a Itália de Mussolini, a Alemanha de Hitler e a antiga União Soviética. "Ações como essas pretendias pelo presidente Jair Bolsonaro, historicamente, estão ligadas a estados autoritários. Ele está usando uma estratégia soviética para constranger o Congresso", disse o professor em entrevista ao IG.

Além de falar que o ato prometido por Bolsonaro é autoritário, o advogado questionou os gastos do desfile: "Quem vai pagar os custos de combustível?” Segundo Renato Ribeiro, o argumento é estapafúrdio. "Dizem que é um convite do exército ao presidente. Isso não existe em um país democrático”, destacou.

Senador Alessandro Vieira e deputada Tabata Amaral

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) usou suas redes sociais para se pronunciar: "Pedi à Justiça que impeça o gasto de recursos públicos em uma exibição vazia de poderio militar. As Forças Armadas, instituições de Estado, não precisam disso. Os brasileiros, sofrendo com as consequências da pandemia, também não. O Brasil não é um brinquedo na mão de lunáticos", afirmou.


Já a deputada Tabata Amaral (sem partido) citou a votação sobre o voto impresso, que deve ser realizada nesta terça-feira na Câmara dos Deputados , para dizer que o presidente Jair Bolsonaro tenta constranger os parlamentares. Vale ressaltar que o presidente da República tem intensificado seu discurso contra o processo eleitoral brasileiro - baseado em urnas eletrônicas - nas últimas semanas.


"Está claro que Bolsonaro quer intimidar o Congresso na sessão que vai decidir sobre o voto impresso. É inadmissível esse comportamento do presidente! Por isso, junto com @Sen_Alessandro, ingressei com uma ação popular para impedir essa barbárie. O Brasil é maior que Bolsonaro", postou em seu Twitter.


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